Exame Logo

Escolha de Obama para o Tesouro abranda críticos

Jack Lew adotou postura conciliadora entre democratas e republicanos e rebateu críticas em uma sabatina

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 20h29.

Washington - A escolha do presidente Barack Obama para assumir o cargo de secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, se desviou nesta quarta-feira de perguntas mais polêmicas de parlamentares sobre seu trabalho no Citigroup e conseguiu encontrar um denominador comum com seus críticos sobre a necessidade de uma reforma tributária.

Em sabatina sobre sua nomeação, os republicanos fizeram perguntas a Lew sobre seu investimento em um fundo vinculado às Ilhas Cayman e o período em que esteve no Citigroup, sobretudo por conta de um bônus de 940 mil dólares que ele recebeu pouco antes de o banco conseguir um resgate público.

Lew, soando calmo e confiante, afirmou ao Comitê de Finanças do Senado que sua remuneração no Citigroup ficou em linha com a de outros que trabalham no setor financeiro.

O senador Orrin Hatch, integrante da bancada republicana com maior poder de decisão no comitê, disse não ter certeza do que Lew fez como vice-presidente de Operações em duas unidades do Citigroup. Como secretário do Tesouro, Lew seria responsável por regular a atividade em bancos.

"Se você for confirmado, isso pode levar a uma situação desconfortável em que... você estaria dizendo, na prática, a empresas do setor financeiro: faça como eu digo, não como eu fiz", disse Hatch a Lew.

Quando questionado pelo presidente do comitê, o democrata Max Baucus, sobre se há algo que pode representar um conflito de interesse, Lew respondeu: "Não, senhor presidente".

E quando não se falou de sua experiência no banco, a sabatina destacou divergências entre democratas e republicanos sobre como melhor controlar os déficits orçamentários norte-americanos, mas também evidenciou um desejo comum por reformas no código tributário.


Lew adotou uma posição conciliadora, repetindo que olhava adiante para trabalhar em conjunto com o Congresso em uma base bipartidária. Ele disse que uma mudança do código tributário estaria no topo de suas prioridades.

A escolha de Obama para o Tesouro afirmou também que apoiaria um dólar forte, em linha com a política norte-americana de longa duração.

"O Tesouro tem uma disposição de longa data por meio de administrações de ambos os partidos de que um dólar forte está entre os melhores interesses na promoção do crescimento, da produtividade e da competitividade", disse.

A sabatina registrou em sua maior parte questionamentos respeitosos e livres de dramas. Mesmo Orrin Hatch teve apenas coisas boas a dizer no fim da sessão de três horas e meia.

"Honestamente, acho que você se saiu muito bem", afirmou a Lew.

O bom desempenho na sabatina preparou ainda mais o terreno para a aprovação de Lew pelo Senado, de maioria democrata.

Veja também

Washington - A escolha do presidente Barack Obama para assumir o cargo de secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, se desviou nesta quarta-feira de perguntas mais polêmicas de parlamentares sobre seu trabalho no Citigroup e conseguiu encontrar um denominador comum com seus críticos sobre a necessidade de uma reforma tributária.

Em sabatina sobre sua nomeação, os republicanos fizeram perguntas a Lew sobre seu investimento em um fundo vinculado às Ilhas Cayman e o período em que esteve no Citigroup, sobretudo por conta de um bônus de 940 mil dólares que ele recebeu pouco antes de o banco conseguir um resgate público.

Lew, soando calmo e confiante, afirmou ao Comitê de Finanças do Senado que sua remuneração no Citigroup ficou em linha com a de outros que trabalham no setor financeiro.

O senador Orrin Hatch, integrante da bancada republicana com maior poder de decisão no comitê, disse não ter certeza do que Lew fez como vice-presidente de Operações em duas unidades do Citigroup. Como secretário do Tesouro, Lew seria responsável por regular a atividade em bancos.

"Se você for confirmado, isso pode levar a uma situação desconfortável em que... você estaria dizendo, na prática, a empresas do setor financeiro: faça como eu digo, não como eu fiz", disse Hatch a Lew.

Quando questionado pelo presidente do comitê, o democrata Max Baucus, sobre se há algo que pode representar um conflito de interesse, Lew respondeu: "Não, senhor presidente".

E quando não se falou de sua experiência no banco, a sabatina destacou divergências entre democratas e republicanos sobre como melhor controlar os déficits orçamentários norte-americanos, mas também evidenciou um desejo comum por reformas no código tributário.


Lew adotou uma posição conciliadora, repetindo que olhava adiante para trabalhar em conjunto com o Congresso em uma base bipartidária. Ele disse que uma mudança do código tributário estaria no topo de suas prioridades.

A escolha de Obama para o Tesouro afirmou também que apoiaria um dólar forte, em linha com a política norte-americana de longa duração.

"O Tesouro tem uma disposição de longa data por meio de administrações de ambos os partidos de que um dólar forte está entre os melhores interesses na promoção do crescimento, da produtividade e da competitividade", disse.

A sabatina registrou em sua maior parte questionamentos respeitosos e livres de dramas. Mesmo Orrin Hatch teve apenas coisas boas a dizer no fim da sessão de três horas e meia.

"Honestamente, acho que você se saiu muito bem", afirmou a Lew.

O bom desempenho na sabatina preparou ainda mais o terreno para a aprovação de Lew pelo Senado, de maioria democrata.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame