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Erdogan inicia primeiro mandato como presidente da Turquia

Duas semanas depois de sua clara vitória no primeiro turno das eleições, Erdogan, de 60 anos, foi empossado pelo Parlamento

Erdogan (d) cumprimenta Davutoglu em Ancara: presidente eleito toma posse no Parlamento turco (Adem Altan/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 16h20.

Ancara - O ex-primeiro-ministro conservador-islâmico Recep Tayyip Erdogan prestou juramento nesta quinta-feira dando início a seu primeiro mandato de cinco anos como presidente da Turquia , uma nação sob seu comando desde 2003.

Duas semanas depois de sua clara vitória no primeiro turno das eleições , Erdogan, de 60 anos, foi empossado pelo Parlamento para suceder seu correligionário Abdullah Gul no cargo.

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Para evitar qualquer obstáculo, o homem forte da Tuquia escolheu um de seus fieis aliados para substituí-lo à frente da chefia do Governo, o chanceler Ahmet Davutoglu.

Erdogan jurou solenemente respeitar "a Constituição, a supremacia do Direito, a democracia, os princípios e reformas de Ataturk e os princípios da república laica".

Os defensores do regime laico criado por Mustafá Kemal Ataturk depois da queda do Império Otomano o acusam de trair seu legado, mas Erdogan afirma que a transformação de seu paíse em uma potência regional teria sido aprovada pelo pai da Turquia moderna.

"Sou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal na história de nosso país", destacou Erdogan em seu discurso.

Dez chefes de Estado e de Governo participarão na cerimônia de posse, segundo a agência de notícias estatal Anatolia.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, cancelou a viagem em consequência da "rápida deterioração da situação" no leste da Ucrânia, onde os separatistas pró-Rússia assumiram o controle de várias cidades.

Em compensação, os dirigentes dos grandes países ocidentais, aliados da Turquia dentro da Otan, serão apenas representados, sinal da crescente desconfiança que Erdogan e sua vocação islamita e autoritária provocam.

Erdogan, o político mais popular do país desde a época de Ataturk, não oculta sua intenção que continuar dirigindo a Turquia até 2023, data do centenário da instauração da república.

Por isso Erdogan anunciou sua intenção de reforçar as prerrogativas de presidente - até agora muito protocolares - com uma reforma da Constituição.

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