Erdogan diz que manifestantes são "bando de saqueadores"
A polícia usou gás lacrimogêneo pelo quarto dia na tentativa de dispersar as manifestações, que se disseminaram a partir de um protestos pacífico para evitar o corte de árvores
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2013 às 14h35.
Ancara - O presidente da Turquia , Abdullah Gül, defendeu nesta segunda-feira o direito dos cidadãos de protestar, declaração de representa um forte contraste na comparação com a opinião do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
A polícia usou gás lacrimogêneo pelo quarto dia na tentativa de dispersar as manifestações, que se disseminaram a partir de um protestos pacífico para evitar o corte de árvores na principal praça da cidade.
As manifestações acontecem desde sexta-feira e mostram também a irritação dos participantes por causa do excessivo uso da força contra os manifestantes, que realizam um protesto contra a reformulação da praça Taksim.
Os protestos se transformaram nos maiores contra o governo dos últimos anos e são vistos como uma demonstração de frustração contra Erdogan, que é acusado de ser cada vez mais autoritário e de se intrometer em todos os aspectos da vida cotidiana.
Erdogan, que está no poder desde 2003 - tendo vencido três eleições com a maioria dos votos - elevou as tensões ao chamar os manifestantes de "um bando de saqueadores" e os rotulando como uma "minoria" que tenta impor suas exigências à maioria.
Nesta segunda-feira, Erdogan mais uma vez repudiou os protestos de rua e disse que eles são organizados por extremistas. O premiê descreveu as manifestações como um episódio temporário sem importância e rejeitou as comparações com os levantes da Primavera Árabe.
Aparentando irritação, ele criticou os repórteres que perguntaram se o governo havia compreendido "a mensagem" dos manifestantes ou se ele iria suavizar o tom das ações.
"Qual é a mensagem? Eu quero ouvir de vocês", respondeu Erdogan. "O que pode ser uma suavização do tom? Vocês podem me dizer?", perguntou o premiê, que falou com os jornalistas antes de iniciar uma viagem de quatro dias ao Marrocos, Argélia e Tunísia.
"Quando falamos sobre democracias, obviamente o desejo do povo está acima de tudo", declarou o presidente Abdullah Gul. "Mas democracia não significa apenas eleições", afirmou. "Não pode haver nada mais natural do que a expressão de várias opiniões, várias situações e objeções por meio de variadas formas, além das eleições."
Ele disse também que "as opiniões que são bem intencionadas foram lidas, vistas e anotadas e as mensagens foram recebidas."
A agência de notícias Dogan informou que 500 pessoas foram detidas durante a madrugada desta segunda-feira depois de a polícia ter entrado em confronto com manifestantes. Fonte: Associated Press.
Ancara - O presidente da Turquia , Abdullah Gül, defendeu nesta segunda-feira o direito dos cidadãos de protestar, declaração de representa um forte contraste na comparação com a opinião do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
A polícia usou gás lacrimogêneo pelo quarto dia na tentativa de dispersar as manifestações, que se disseminaram a partir de um protestos pacífico para evitar o corte de árvores na principal praça da cidade.
As manifestações acontecem desde sexta-feira e mostram também a irritação dos participantes por causa do excessivo uso da força contra os manifestantes, que realizam um protesto contra a reformulação da praça Taksim.
Os protestos se transformaram nos maiores contra o governo dos últimos anos e são vistos como uma demonstração de frustração contra Erdogan, que é acusado de ser cada vez mais autoritário e de se intrometer em todos os aspectos da vida cotidiana.
Erdogan, que está no poder desde 2003 - tendo vencido três eleições com a maioria dos votos - elevou as tensões ao chamar os manifestantes de "um bando de saqueadores" e os rotulando como uma "minoria" que tenta impor suas exigências à maioria.
Nesta segunda-feira, Erdogan mais uma vez repudiou os protestos de rua e disse que eles são organizados por extremistas. O premiê descreveu as manifestações como um episódio temporário sem importância e rejeitou as comparações com os levantes da Primavera Árabe.
Aparentando irritação, ele criticou os repórteres que perguntaram se o governo havia compreendido "a mensagem" dos manifestantes ou se ele iria suavizar o tom das ações.
"Qual é a mensagem? Eu quero ouvir de vocês", respondeu Erdogan. "O que pode ser uma suavização do tom? Vocês podem me dizer?", perguntou o premiê, que falou com os jornalistas antes de iniciar uma viagem de quatro dias ao Marrocos, Argélia e Tunísia.
"Quando falamos sobre democracias, obviamente o desejo do povo está acima de tudo", declarou o presidente Abdullah Gul. "Mas democracia não significa apenas eleições", afirmou. "Não pode haver nada mais natural do que a expressão de várias opiniões, várias situações e objeções por meio de variadas formas, além das eleições."
Ele disse também que "as opiniões que são bem intencionadas foram lidas, vistas e anotadas e as mensagens foram recebidas."
A agência de notícias Dogan informou que 500 pessoas foram detidas durante a madrugada desta segunda-feira depois de a polícia ter entrado em confronto com manifestantes. Fonte: Associated Press.