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Erdogan avisa que Turquia buscará alternativas à UE

O premiê turco indicou a falta de avanços nas negociações de adesão à União Europeia

Erdogan: "por acaso não é necessário que um país tome uma decisão depois de fazê-lo esperar 50 anos?", questionou (Adem Altan/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 08h43.

Ancara - O primeiro-ministro da Turquia , Recep Tayyip Erdogan, advertiu que seu país pode buscar outras alianças diante da falta de avanços nas negociações de adesão à União Europeia (UE), informa nesta segunda-feira a imprensa local.

"Se forem aceitar a Turquia, então façam isso. Se não forem fazer, decidam abertamente. Se vocês insistirem que nós somos os que vão dizer, vamos considerar isso", disse Erdogan no domingo em declarações aos jornalistas durante viagem a Praga.

"Por acaso não é necessário que um país tome uma decisão depois de fazê-lo esperar 50 anos?", questionou o primeiro-ministro, de orientação islamita moderada.

"Buscaremos alternativas", anunciou Erdogan, lembrando que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE.

O primeiro-ministro turco mencionou os mais recentes laços da Turquia com o chamado grupo "Xangai 5", formado por seis países da Ásia Central, entre eles, China e Rússia, ao que se acusa de não ter elevados padrões democráticos.


Nesse contexto, assegurou que os países da UE também não chegaram a seu nível democrático da noite para o dia.

"Não se esqueçam de (tudo que os países da UE fizeram em) Ruanda e na Argélia. Por que deportam ciganos? Islamofobia combina com os direitos humanos? Eu acho que os países de Xangai 5 vão intensificar seus processos de democratização", disse Erdogan.

A Turquia tenta desde o fim dos anos 1950 se aproximar da UE, embora não tenha iniciado negociações concretas de adesão até 2005.

Desde então, já se passaram vários capítulos da negociação, embora as relações entre o país e o organismo internacional tenham sido "congeladas" de parte turca durante a presidência cipriota da UE no segundo semestre do ano passado.

Vários países da UE, como a Alemanha e a Áustria, países com uma grande imigração turca, rejeitam uma possível entrada do país eurasiático na UE e preferem uma associação privilegiada entre as duas partes, o que Ancara rejeita.

Durante uma visita à Alemanha em outubro, Erdogan disse que o objetivo da Turquia é entrar na UE até 2023, ano do centenário do moderno estado turco. Caso contrário, o país poderia suspender as negociações.

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Ancara - O primeiro-ministro da Turquia , Recep Tayyip Erdogan, advertiu que seu país pode buscar outras alianças diante da falta de avanços nas negociações de adesão à União Europeia (UE), informa nesta segunda-feira a imprensa local.

"Se forem aceitar a Turquia, então façam isso. Se não forem fazer, decidam abertamente. Se vocês insistirem que nós somos os que vão dizer, vamos considerar isso", disse Erdogan no domingo em declarações aos jornalistas durante viagem a Praga.

"Por acaso não é necessário que um país tome uma decisão depois de fazê-lo esperar 50 anos?", questionou o primeiro-ministro, de orientação islamita moderada.

"Buscaremos alternativas", anunciou Erdogan, lembrando que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE.

O primeiro-ministro turco mencionou os mais recentes laços da Turquia com o chamado grupo "Xangai 5", formado por seis países da Ásia Central, entre eles, China e Rússia, ao que se acusa de não ter elevados padrões democráticos.


Nesse contexto, assegurou que os países da UE também não chegaram a seu nível democrático da noite para o dia.

"Não se esqueçam de (tudo que os países da UE fizeram em) Ruanda e na Argélia. Por que deportam ciganos? Islamofobia combina com os direitos humanos? Eu acho que os países de Xangai 5 vão intensificar seus processos de democratização", disse Erdogan.

A Turquia tenta desde o fim dos anos 1950 se aproximar da UE, embora não tenha iniciado negociações concretas de adesão até 2005.

Desde então, já se passaram vários capítulos da negociação, embora as relações entre o país e o organismo internacional tenham sido "congeladas" de parte turca durante a presidência cipriota da UE no segundo semestre do ano passado.

Vários países da UE, como a Alemanha e a Áustria, países com uma grande imigração turca, rejeitam uma possível entrada do país eurasiático na UE e preferem uma associação privilegiada entre as duas partes, o que Ancara rejeita.

Durante uma visita à Alemanha em outubro, Erdogan disse que o objetivo da Turquia é entrar na UE até 2023, ano do centenário do moderno estado turco. Caso contrário, o país poderia suspender as negociações.

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