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Equipe de Trump acha improvável intervenção militar na Venezuela

O general destacou o ressentimento histórico da América Latina com intervenções militares dos Estados Unidos

Trump: EUA não devem intervir na Venezuela (Jim Lo Scalzo/Reuters)

Trump: EUA não devem intervir na Venezuela (Jim Lo Scalzo/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de agosto de 2017 às 18h02.

Washington, 5 ago (EFE). - O general H.R McMaster, assessor de Segurança Nacional do presidente americano, Donald Trump, considerou neste sábado improvável uma "intervenção militar" de países vizinhos ou dos Estados Unidos para solucionar a crise da Venezuela.

"Não vejo uma intervenção militar externa", afirmou McMaster em entrevista à rede de TV "MSNBC", apesar de pedir a outros países que ajudem a "recuperar" à Venezuela do governo "autoritário" do presidente Nicolás Maduro.

O general destacou o ressentimento histórico da América Latina com intervenções militares dos Estados Unidos e disse que não quer dar a Maduro desculpas para culpar o Executivo em Washington dos problemas de seu país.

"Para nós é importante que a responsabilidade desta catástrofe recaia sobre os ombros de Maduro. Foi ele quem a causou, insistiu.

McMaster apontou Cuba, China e Rússia como países que ajudam a manter Maduro no poder, que acusou os Estados Unidos de conspiração para forçar a sua queda.

O general fez essas declarações um dia depois de Trump, em uma conversa por telefone, se manifestar de acordo com o presidente da França, Emmanuel Macron, de que o governo de Maduro "deve restaurar os direitos" dos venezuelanos. A conversa de ambos coincidiu com a instalação da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela - um órgão integrado somente por aliados do governo - no Palácio Federal Legislativo, em Caracas, apesar da rejeição da oposição e de boa parte da comunidade internacional.

Na quinta-feira passada, o Departamento de Estado americano afirmou que considera "ilegítima" tanto a ANC quanto o processo. Os Estados Unidos também advertiram que responderão à instalação da ANC com novas sanções "robustas" e ameaçaram tomar medidas contra quem tomem parte nesse órgão, que poderá depurar as instituições do Estado críticas ao governo de Maduro.

No dia 31 de julho, o governo dos Estados Unidos impôs sanções econômicas diretas contra Nicolás Maduro, entre elas o congelamento de ativos sob jurisdição americana. Assim, Washington acrescentou Maduro à lista de 13 funcionários e ex-funcionários venezuelanos punidos anteriormente por abuso de direitos humanos, corrupção e ações para prejudicar a democracia. EFE

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