Embaixador sírio diz que 82 alunos morreram em explosões
Enquanto ativistas culparam o governo pelas explosões, a TV estatal atribuiu o ato a "terroristas"
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 20h23.
Beirute - Pelo menos 82 estudantes foram mortos nesta terça-feira em duas explosões que atingiram uma das maiores universidades da Síria em Aleppo, afirmou o representante sírio na Organização das Nações Unidas ao Conselho de Segurança da ONU.
"Um ato terrorista covarde alvejou os alunos da Universidade de Aleppo enquanto faziam suas provas semestrais. Esse ato matou 82 estudantes e feriu 162 outros estudantes", disse o embaixador Bashar Ja'afari ao conselho durante um debate sobre contraterrorismo.
A violência afeta o cotidiano sírio desde que o governo de Bashar al Assad passou a reprimir manifestações pró-democracia, no começo de 2011, dando início a uma guerra civil.
Mais de 50 países pediram na terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU que encaminhe o caso ao Tribunal Penal Internacional, que processa indivíduos por crimes de guerra e genocídios. Mas a Rússia --tradicional aliada e fornecedora de armas de Assad-- bloqueou a iniciativa, qualificando-a de "inoportuna e contraproducente".
As duas partes em conflito na Síria se culparam mutuamente pelas explosões na Universidade de Aleppo, localizada em uma área controlada pelo governo na mais populosa cidade síria.
Alguns ativistas em Aleppo disseram que um ataque governamental provocou as explosões, mas a TV estatal acusou "terroristas" --termo frequentemente usado para descrever os rebeldes-- de dispararem dois foguetes contra o campus. Um combatente rebelde disse que as explosões aparentemente foram causadas por mísseis "terra-terra".
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que pelo menos 52 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, mas não identificou a origem das explosões.
A TV estatal, que não citou um número de vítimas, mostrou um corpo caído na rua e vários carros em chamas. Um dos prédios da universidade estava danificado.
Um vídeo mostrou estudantes retirando livros da universidade após uma das explosões, afastando-se rapidamente da fumaça. A câmera então treme ao som de outra explosão, e as pessoas são vistas correndo.
A área rebelde mais próxima da universidade é o bairro de Bustan al Qasr, a mais de 1,5 quilômetro. Se a versão do governo for confirmada, seria a primeira vez que rebeldes da área conseguem obter armas tão potentes.
Mas ativistas negaram que os insurgentes tenham cometido o ataque. "Os aviões de guerra desse regime criminoso não respeitam uma mesquita, uma igreja nem uma universidade", disse o estudante que se identificou como Abu Tayem.
Os rebeldes há meses tentam tomar Aleppo, outrora um vibrante polo comercial, mas não conseguem vencer a resistência das forças de Assad, mais bem armadas e organizadas.
Beirute - Pelo menos 82 estudantes foram mortos nesta terça-feira em duas explosões que atingiram uma das maiores universidades da Síria em Aleppo, afirmou o representante sírio na Organização das Nações Unidas ao Conselho de Segurança da ONU.
"Um ato terrorista covarde alvejou os alunos da Universidade de Aleppo enquanto faziam suas provas semestrais. Esse ato matou 82 estudantes e feriu 162 outros estudantes", disse o embaixador Bashar Ja'afari ao conselho durante um debate sobre contraterrorismo.
A violência afeta o cotidiano sírio desde que o governo de Bashar al Assad passou a reprimir manifestações pró-democracia, no começo de 2011, dando início a uma guerra civil.
Mais de 50 países pediram na terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU que encaminhe o caso ao Tribunal Penal Internacional, que processa indivíduos por crimes de guerra e genocídios. Mas a Rússia --tradicional aliada e fornecedora de armas de Assad-- bloqueou a iniciativa, qualificando-a de "inoportuna e contraproducente".
As duas partes em conflito na Síria se culparam mutuamente pelas explosões na Universidade de Aleppo, localizada em uma área controlada pelo governo na mais populosa cidade síria.
Alguns ativistas em Aleppo disseram que um ataque governamental provocou as explosões, mas a TV estatal acusou "terroristas" --termo frequentemente usado para descrever os rebeldes-- de dispararem dois foguetes contra o campus. Um combatente rebelde disse que as explosões aparentemente foram causadas por mísseis "terra-terra".
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que pelo menos 52 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, mas não identificou a origem das explosões.
A TV estatal, que não citou um número de vítimas, mostrou um corpo caído na rua e vários carros em chamas. Um dos prédios da universidade estava danificado.
Um vídeo mostrou estudantes retirando livros da universidade após uma das explosões, afastando-se rapidamente da fumaça. A câmera então treme ao som de outra explosão, e as pessoas são vistas correndo.
A área rebelde mais próxima da universidade é o bairro de Bustan al Qasr, a mais de 1,5 quilômetro. Se a versão do governo for confirmada, seria a primeira vez que rebeldes da área conseguem obter armas tão potentes.
Mas ativistas negaram que os insurgentes tenham cometido o ataque. "Os aviões de guerra desse regime criminoso não respeitam uma mesquita, uma igreja nem uma universidade", disse o estudante que se identificou como Abu Tayem.
Os rebeldes há meses tentam tomar Aleppo, outrora um vibrante polo comercial, mas não conseguem vencer a resistência das forças de Assad, mais bem armadas e organizadas.