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Em reunião da OEA, Venezuela desafia EUA a invadirem o país

Os representantes do dois países travaram um debate sobre a crise política na Venezuela, tema dominante do encontro do qual participam 34 delegações

Delcy Rodriguez: "Seu grupo de contato que você está apresentando me parece completamente inútil" (Carlos Jasso/Reuters)
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AFP

Publicado em 20 de junho de 2017 às 21h43.

A chanceler venezuelana , Delcy Rodríguez, advertiu o subsecretário de Estado americano John J. Sullivan, nesta terça-feira (20), que seu país terá de lançar uma invasão militar na Venezuela para conseguir impor uma resolução da OEA sobre a crise política no país.

"Seu grupo de contato que você está apresentando me parece completamente inútil, desnecessário (...). A única forma que poderia impor isso seria com seus marines, que teriam na Venezuela uma resposta contundente, se se atreverem a dar esse passo em falso", declarou a ministra.

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Na 47ª Assembleia Geral da OEA que acontece no balneário de Cancún, no Caribe mexicano, Rodríguez e Sullivan travaram um debate sobre a crise política na Venezuela, tema dominante do encontro do qual participam 34 delegações.

Sullivan convidou a que se adote uma resolução, por modesta que seja, "para ajudar a facilitar uma solução da crise na Venezuela, é o mínimo que podemos fazer".

O subsecretário americano defendeu uma iniciativa promovida pelo México e que busca criar um "grupo de contato" para acompanhar um diálogo na Venezuela, onde os protestos contra o governo Nicolás Maduro se arrastam desde 1º de abril. Até agora, o número de mortos chega a 74.

A Sullivan, Rodríguez disse que os Estados Unidos e seus aliados ambicionam a riqueza petroleira de seu país. A ministra garantiu que, na Venezuela, "não há crise humanitária, não há presos políticos, há violentos que cometeram crimes graves".

O americano resumiu a resposta da chanceler em três palavras: "Distrações, distorções e irrelevâncias".

O projeto descrito por Sullivan como um "modesto passo" pede ao presidente Nicolás Maduro que reconsidere sua convocação para uma Assembleia Constituinte, que garanta o respeito aos direitos humanos e que trave diálogo com a oposição facilitado por um grupo de países.

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