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Em meio à crise, Maduro pede "eleições já"

Há duas semanas, Maduro já havia dito estar "ansioso" pela convocação das eleições de governadores

Maduro: presidente descartou antecipar as eleições presidenciais, mas se disse "ansioso" por pleito estadual e municipal (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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AFP

Publicado em 24 de abril de 2017 às 07h02.

O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, disse neste domingo (23) querer "eleições já", em um momento de alta tensão no país pelos protestos da oposição, que exige sua saída do poder.

"Eleições, sim, quero eleições já. É o que eu digo, como chefe de Estado, como chefe de governo", lançou o presidente em seu programa dominical, ao se referir às eleições regionais.

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Há duas semanas, Maduro já havia dito estar "ansioso" pela convocação das eleições de governadores, que deveriam ter sido realizadas em dezembro, e de prefeitos, previstas para este ano.

Nas manifestações que vem realizando desde 1º de abril, a oposição exige a convocação de eleições gerais para este ano ainda. O governo já descartou a antecipação da corrida presidencial, prevista para 2018.

"Com o fracasso que tiveram na Assembleia Nacional, estou certo de que o nosso povo vai entregar a conta em qualquer eleição que vier, e vamos ter uma nova e boa vitória", insistiu o presidente.

Segundo as pesquisas mais recentes, Maduro conta com uma rejeição de cerca de 70%.

Depois de suspender um processo para revogar o mandato do governo atual em um referendo, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) adiou as eleições regionais para iniciar um processo de legalização dos partidos que não haviam participado da última disputa nas urnas.

"Estou pronto para o que o Poder Eleitoral disser", garantiu Maduro, que chegou ao poder em 2013, após derrotar Henrique Capriles por uma margem apertada.

Maduro voltou a convidar a oposição a retomar o processo de diálogo, congelado desde o ano passado, depois que a oposição acusou o governo de não cumprir os acordos.

"Estou pronto para mostrar que cumprimos e, se não tivermos cumprido, cumprir", indicou.

"E, daqui, peço ao papa Francisco que continue nos acompanhando no diálogo, porque há uma conspiração em Roma contra o diálogo na Venezuela, e aqui também", acrescentou.

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