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Em discurso, Greenspan afasta aumento brusco de juros

Inflação sob controle e retomada do consumo das famílias reforçam as chances de alta dos juros de 0,25 ponto percentual em setembro

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A alta da taxa de juros americana seguirá a trajetória gradual previamente anunciada pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. O mercado temia que, diante dos sucessivos aumentos dos preços internacionais do petróleo, a inflação americana acelerasse e as autoridades monetárias do país recorressem à elevação acentuada dos juros para contê-la. Mas o presidente do Fed, Alan Greenspan, afirmou nesta quarta-feira (8/9) que não há motivos para preocupação. "Apesar da alta do petróleo em meados de agosto, tanto a inflação recente, quanto as expectativas futuras, caíram", disse em discurso na Comissão de Orçamento do Congresso.

Segundo o americano The Wall Street Journal, as declarações de Greenspan reforçaram a certeza do mercado de que o Fed elevará em 0,25 ponto percentual a taxa de juros americana, no próximo encontro de sua diretoria, previsto para 21 de setembro. A taxa está, atualmente, em 1,5%. Greenspan também destacou sinais de que a economia vai bem, apesar da desaceleração verificada no segundo trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 2,8%, abaixo dos 4,5% dos três primeiros meses do ano.

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Ele citou o avanço do consumo das famílias e dos investimentos internos, cuja tendência continua sendo de alta. "Como um todo, o crescimento econômico está ganhando força", disse. Greenspan O presidente do Fed afirmou, porém, que o cenário para o petróleo continua incerto no longo prazo. A dúvida é se o crescimento acelerado do consumo de alguns países, como China e Índia, poderá ser balanceado pelo aumento da oferta. "O balanceamento entre a oferta e a demanda permanece precário e os incentivos para a redução do consumo nos países desenvolvidos também continuarão. Provavelmente, iniciativas semelhantes surgirão nos maiores consumidores entre os países em desenvolvimento", disse.

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