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Em carta vazada para imprensa, papa critica Maduro por descumprir acordos

O papa falou sobre as tentativas do Vaticano de encontrar uma solução pacífica para a Venezuela e a quebra dos acordos feito por Maduro

Maduro: na carta o papa reitera "a necessidade de se evitar qualquer forma de derramamento de sangue". (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 13h13.

Roma — O papa lembrou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , que já no passado "o que foi estabelecido em reuniões não foi acompanhado por ações concretas", segundo a carta de resposta ao pedido de mediação por parte do líder venezuelano e que teve trechos vazados nesta quarta-feira pelo jornal italiano "Corriere della Sera".

O jornal da cidade de Milão publicou hoje uma foto de uma parte da carta na qual é possível ler que a mesma está dirigida ao "Excelentíssimo Senhor", e não ao presidente, Nicolás Maduro Moros, com data de 7 de fevereiro de 2019.

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Segundo o artigo, Francisco lembra as repetidas tentativas solicitadas por Maduro e realizadas pela Santa Sé nos últimos anos para "encontrar uma saída para a crise venezuelana".

"Infelizmente, todas foram interrompidas porque o que foi estabelecido nas reuniões não foi acompanhado por gestos concretos para implementar os acordos", diz o pontífice na carta, segundo o "Corriere della Sera".

O papa argentino continua seu texto dizendo que essas solicitações que já eram consideradas no passado "indispensáveis para que o diálogo se desenvolva de maneira frutífera e efetiva" e "outras que foram acrescentadas como resultado da evolução da situação" são mais necessárias do que nunca.

Além disso, segundo o jornal italiano, o papa reitera "a necessidade de se evitar qualquer forma de derramamento de sangue".

O porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, não quis comentar, nem desmentir, o que considerou a publicação "de uma carta privada" do papa em um meio de comunicação.

No avião de volta de sua visita aos Emirados Árabes Unidos, o papa Francisco disse: "para que haja uma mediação, é preciso vontade de ambas as partes. As condições iniciais são claras: que as partes a solicitem, sempre estamos disponíveis".

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