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ElBaradei afirma no Cairo que mudança é inevitável

Prêmio Nobel da Paz chegou ao Egito para participar dos protestos que pedem abertura democrática e a saída de Hosni Mubarak do poder

Mohamed ElBaradei chega ao Cairo para participar dos protestos da oposição ao governo (Peter Macdiarmid/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 16h39.

Cairo - O prêmio Nobel da Paz e dirigente da oposição egípcia Mohamed ElBaradei afirmou nesta quinta-feira, em sua chegada ao Cairo, que a mudança política no Egito "é inevitável".

"Acho que este é um momento fundamental para o futuro do Egito", afirmou ElBaradei em declarações aos jornalistas no aeroporto internacional do Cairo.

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"Quero garantir que nos dirigimos para um processo de mudança pacífico", insistiu o prêmio Nobel da paz 2005 e ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"A mudança é inevitável. Não dá para voltar atrás", insistiu El Baradei, que lidera há um ano uma campanha em favor de reformas políticas e eleitorais no Egito, governado desde 1981 pelo presidente Hosni Mubarak.

"Tentamos de tudo durante um ano", afirmou ElBaradei, lembrando que seu movimento político boicotou as eleições parlamentares de novembro.

Acrescentou que "O povo se deu conta de que o regime não está ouvindo nada e tiveram que sair às ruas. Vou continuar dando apoio ao povo", acrescentou.

O prêmio Nobel insistiu na necessidade de que os protestos se desenvolvam pacificamente.

"As manifestações pacíficas são um direito de cada egípcio e de cada ser humano. Desejaria que não tivéssemos que sair às ruas para pressionar o regime", acrescentou.

ElBaradei, uma figura com grande prestígio internacional, mas com pouco apoio popular no Egito, chegou ao Cairo procedente de Viena, onde passa longas temporadas.

Foi muito criticado no Egito, inclusive entre seus seguidores, por suas repetidas ausências do país. De fato, chegou ao Cairo três dias depois das grandes manifestações de protesto contra o regime de Mubarak.

ElBaradei foi recebido por cerca de 50 seguidores, assim como vários jornalistas.

Primeiro tentou evitar dar declarações à imprensa mas, diante da pressão, aceitou falar em inglês e árabe.

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