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Egito trocará 11 ministros, incluindo o do Petróleo

Mudanças, porém, não contemplam as demandas da oposição por uma reformulação completa

Mursi anunciou, no dia 20 de abril, que iria fazer mudanças no governo, alvo de críticas por não conseguir recuperar a economia em um momento de crise profunda. (REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 16h23.

Cairo - O primeiro-ministro egípcio disse nesta segunda-feira que 11 ministros devem ser substituídos em uma reforma ministerial que incluirá o ministério responsável pelo setor de petróleo, mas as mudanças não contemplam as demandas da oposição por uma reformulação completa.

A expectativa era que a reforma pudesse incluir pelo menos um membro da Irmandade Muçulmana, do presidente Mohamed Mursi, embora a divisão de cargos só fique clara com o anúncio do arranjo ministerial.

Mursi anunciou, no dia 20 de abril, que iria fazer mudanças no governo, alvo de críticas por não conseguir recuperar a economia em um momento de crise profunda por causa de mais de dois anos de turbulência política.

Críticas da oposição sugerem que a reforma ministerial não ajudará a construir um consenso político. O Fundo Monetário Internacional (FMI) está buscando alternativas econômicas necessárias para garantir um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares.

A reforma está demorando mais que o esperado. O primeiro-ministro Hisham Kandil disse que mudanças serão anunciada mais à frente, na segunda ou terça-feira, antes que Mursi parta a uma viagem de Estado ao Brasil. O premiê não deu mais detalhes.

Mais cedo ele se encontrou com Sherig Haddara, presidente da Corporação Geral de Petróleo do Egito. Espera-se que ele substitua Osama Kemale como ministro do Petróleo, responsável em cumprir com o fornecimento de combustível diante da crise.

O novo ministério deve enfrentar uma crise econômica que corroeu um décimo da moeda egípcia em um espaço de quatro meses, secando as reservas estrangeiras a níveis criticamente baixos.

Amr Darrag, chefe do comite de relações exteriores da Irmandade Muçulmana do partido Liberdade e Justiça, foi nomeado para o ministério responsável pela educação superir, segundo a mídia estatal.

A reforma incluirá um novo ministro da Agricultura e um novo ministro de Estado para as áreas legais e parlamentares, informou.


Kandil ainda deve nomear um novo ministro da Justiça para substituir Ahmed Mekky, que renunciou no mês passado em protesto contra os esforços dos aliados de Mursi para assumirem o Judiciário.

A oposição havia pedido a Mursi para substituir Kandil e instalar um governo neutro para supervisionar as eleições parlamentares deste ano.

"Enquanto eles não mudarem o primeiro-ministro, não podemos levar a sério a reforma ministerial", disse Khaled Danou, porta-voz da Frente Nacional da Salvação, uma aliança de partidos não-islâmicos.

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Cairo - O primeiro-ministro egípcio disse nesta segunda-feira que 11 ministros devem ser substituídos em uma reforma ministerial que incluirá o ministério responsável pelo setor de petróleo, mas as mudanças não contemplam as demandas da oposição por uma reformulação completa.

A expectativa era que a reforma pudesse incluir pelo menos um membro da Irmandade Muçulmana, do presidente Mohamed Mursi, embora a divisão de cargos só fique clara com o anúncio do arranjo ministerial.

Mursi anunciou, no dia 20 de abril, que iria fazer mudanças no governo, alvo de críticas por não conseguir recuperar a economia em um momento de crise profunda por causa de mais de dois anos de turbulência política.

Críticas da oposição sugerem que a reforma ministerial não ajudará a construir um consenso político. O Fundo Monetário Internacional (FMI) está buscando alternativas econômicas necessárias para garantir um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares.

A reforma está demorando mais que o esperado. O primeiro-ministro Hisham Kandil disse que mudanças serão anunciada mais à frente, na segunda ou terça-feira, antes que Mursi parta a uma viagem de Estado ao Brasil. O premiê não deu mais detalhes.

Mais cedo ele se encontrou com Sherig Haddara, presidente da Corporação Geral de Petróleo do Egito. Espera-se que ele substitua Osama Kemale como ministro do Petróleo, responsável em cumprir com o fornecimento de combustível diante da crise.

O novo ministério deve enfrentar uma crise econômica que corroeu um décimo da moeda egípcia em um espaço de quatro meses, secando as reservas estrangeiras a níveis criticamente baixos.

Amr Darrag, chefe do comite de relações exteriores da Irmandade Muçulmana do partido Liberdade e Justiça, foi nomeado para o ministério responsável pela educação superir, segundo a mídia estatal.

A reforma incluirá um novo ministro da Agricultura e um novo ministro de Estado para as áreas legais e parlamentares, informou.


Kandil ainda deve nomear um novo ministro da Justiça para substituir Ahmed Mekky, que renunciou no mês passado em protesto contra os esforços dos aliados de Mursi para assumirem o Judiciário.

A oposição havia pedido a Mursi para substituir Kandil e instalar um governo neutro para supervisionar as eleições parlamentares deste ano.

"Enquanto eles não mudarem o primeiro-ministro, não podemos levar a sério a reforma ministerial", disse Khaled Danou, porta-voz da Frente Nacional da Salvação, uma aliança de partidos não-islâmicos.

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