Especialistas em área isolada por ebola na Libéria (2Tango/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 20h44.
Nova York - Autoridades da Saúde norte-americanas afirmaram nesta terça-feira que o número de pessoas infectadas na epidemia de ebola poderia chegar a 1,4 milhão em janeiro, no pior cenário, ou a doença poderia ser erradicada até essa data se os esforços para controlarem seu avanço forem intensificados.
As projeções amplamente variáveis, divulgadas pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), foram baseadas nas condições do fim de agosto e não levam em conta o aumento recente da quantidade de ajuda médica internacional enviada à região afetada.
Essas iniciativas têm dado motivos para que as autoridades se sintam otimistas. "Estou confiante que as projeções mais extremas não vão se realizar", disse o chefe do CDC, Tom Frieden.
O centro prevê que o número total de casos, descobertos e não descobertos, poderia chegar a 21 mil no dia 30 de setembro apenas nos dois países mais afetados: Libéria e Serra Leoa. No pior cenário, essas nações teriam cerca de 1,4 milhão de infectados no dia 21 de janeiro.
O CDC afirma, no entanto, que a crise em ambos os países poderia estar resolvida no começo do ano se os doentes forem isolados, em hospitais ou em casa, e se forem tomadas medidas para reduzir a propagação do vírus durante enterros.
"Um progresso agora poderia acabar com a epidemia", garantiu Frieden.
O centro não forneceu uma estimativa de quantos casos no total poderiam ser esperados no melhor cenário.
Mas informou que o número de novos casos a cada dia ficaria abaixo dos 300 no meio de janeiro, em vez dos milhares previstos pelas projeções mais severas.