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Dilma: "Não podemos brincar, sair por aí gastando"

Para a presidente, o país não pode parar de consumir, mas tem que controlar seus gastos

Dilma considerou "precipitada" a avaliação da agência Standard & Poor's (Wilson Dias/ABr)

Dilma considerou "precipitada" a avaliação da agência Standard & Poor's (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 13h57.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse hoje que o Brasil não está ameaçado pela crise que abala os mercados mundiais, mas observou que a hora não é de brincadeira. "Não podemos brincar, sair por aí gastando. Não temos de parar de consumir, mas temos de ter uma posição de que não vivemos numa ilha isolada. Mas isso não significa que estamos fragilizados", comentou a presidente a jornalistas, após cerimônia no Palácio do Planalto. Ela disse ainda que o momento é de pedir "tranquilidade".

Dilma observou que para ser imune à crise é preciso uma ação conjunta de governo, sociedade e setor privado. Ela destacou que o País possui um mercado interno forte e que vive atualmente uma "boa situação". "Temos certeza de que o Brasil está mais forte hoje (que em 2008, quando estourou a crise). Nossos bancos, tanto privados quanto públicos, estão completamente robustos", afirmou. "Vamos ter de continuar trabalhando, criando riqueza, distribuindo renda, vamos continuar criando emprego.", defendeu.

Dilma criticou a agência de classificação de risco Standard & Poor's, que rebaixou a avaliação do crédito de longo prazo dos Estados Unidos na semana passada. A nota norte-americana da S&P passou de AAA para AA+.

"Todas as avaliações, inclusive as nossas, apontam que ela (a agência) errou. Ela fez um cálculo, por um erro que parece de US$ 2 trilhões, isso já é conhecido, acredito que não se pode num momento desses ficar tomando atitudes dessas, sem base real", criticou a presidente. Antes, em declaração após a assinatura de atos com o primeiro ministro do Canadá, Stephen Harper, Dilma considerou "precipitada" a avaliação da agência.

"Não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto rápida, eu diria não correta, da agência que diminuiu o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos", afirmou Dilma.

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