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Deputados britânicos devem decidir opção do Brexit, diz secretário

A primeira-ministra britânica rejeitará nesta segunda-feira a ideia de fazer outro referendo para tirar o Brexit

Brexit: "Se isso não tiver sucesso, acredito que o parlamento deveria ser convidado a dizer no que estaria de acordo", disse o secretário (Henry Nicholls/Reuters)

Brexit: "Se isso não tiver sucesso, acredito que o parlamento deveria ser convidado a dizer no que estaria de acordo", disse o secretário (Henry Nicholls/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 09h51.

Londres - Os deputados do Reino Unido deveriam ter a oportunidade de manifestar sua opção do Brexit se o parlamento não aprovar o acordo negociado pelo governo com a União Europeia (UE), afirmou nesta segunda-feira o secretário de Empresas, Energia e Estratégia Industrial do governo conservador, Greg Clark.

Em entrevista à "BBC", Clark disse que os deputados deveriam ser mais proativos e manifestassem o que querem, depois que muitos parlamentares de distintos partidos criticaram o acordo do Brexit da primeira-ministra, Theresa May.

"Acredito que é importante que, uma vez que a primeira-ministra termine suas negociações com outros líderes europeus e a Comissão (Europeia), o parlamento vote sobre isso (pacto)", afirmou Clark.

"Se isso não tiver sucesso (...) acredito que o parlamento deveria ser convidado a dizer no que estaria de acordo", disse o secretário.

"Acho que cada deputado precisa agora se considerar como um participante responsável", acrescentou Clark.

Além disso, o secretário de Negócios se mostrou contrário a um segundo referendo sobre a UE ao afirmar que "a incerteza" em que o país vive poderia continuar.

Em um comparecimento hoje no parlamento, a primeira-ministra britânica reiterará sua rejeição a realizar um segundo referendo sobre a UE e afirmará que outra consulta causará um "prejuízo irreparável à integridade de nossa política", segundo alguns trechos do discurso antecipados pelos veículos de imprensa.

May manifestará sua rejeição a outra consulta depois que vários políticos defenderam nos últimos dias outro referendo para tirar o Brexit do ponto morto devido à rejeição de muitos deputados de vários partidos ao atual acordo.

Na semana passada, a premiê suspendeu a votação que ocorreria no dia 11 no parlamento sobre o seu acordo do Brexit e, no dia seguinte, superou uma moção de confiança apresentada por deputados conservadores descontentes com sua liderança.

No referendo realizado em junho de 2016, os britânicos votaram em favor de deixar a UE depois de mais de 40 anos de participação no bloco europeu.

O Reino Unido sairá da UE em 29 de março de 2019, quando espera-se que comece - se houver acordo - um período de transição que durará até o fim de 2020.

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