Denúncias de tortura e mutilações de crianças detidas na Síria alarma ONU
Entre as denúncias estão: tortura, ataques sistemáticos contra a população civil, assassinatos de manifestantes pacíficos e uso de força excessiva contra os mesmos
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2011 às 20h31.
Genebra - O Comitê contra a Tortura da ONU expressou nesta sexta-feira repúdio as violações generalizadas dos direitos humanos na Síria e a total impunidade que gozam os culpados, além da preocupação com as denúncias de tortura e mutilações de crianças detidas.
Conforme o presidente do comitê, o chileno Claudio Grossman, eles receberam "inúmeras e consistentes informações de diversas violações" na Síria, onde as manifestações pacíficas contra o regime derivaram para uma brutal repressão armada que já se estende por nove meses.
Grossman ressaltou que nas denúncias recebidas se observa um padrão de abusos, como a tortura de detidos, ataques sistemáticos contra a população civil, assassinatos de manifestantes pacíficos e uso de força excessiva contra os mesmos, além de perseguição a ativistas.
"São particularmente preocupantes os casos de crianças que foram torturadas e mutiladas enquanto estavam presas", confessou o jurista, que foi presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos em duas oportunidades.
Ele lembrou que um dos aspectos mais perturbadores do caso da Síria é que os abusos aconteceram sob "as ordens diretas de autoridades públicas, ou sob sua investigação e até mesmo com seu consentimento".
Pela gravidade da situação, Grossman disse que o comitê pediu oficialmente à Síria que responda as denúncias e forneça informações a respeito até março de 2012.
O caso da Síria será tratado de maneira especial na próxima sessão do comitê em maio.
Perguntado sobre a possibilidade do então regime sírio de Bashar al Assad cair e as autoridades serem outras, Grossman explicou que, como o país ratificou a Convenção da ONU contra Tortura, a informação deve ser fornecida pelas autoridades, mesmo que estas estejam no poder interinamente.
A Síria ratificou a convenção, mas com reservas, como a do país não ser obrigado a aceitar visitas de especialistas da ONU em direitos humanos, razão pela qual os membros do comitê não podem visitar o país.
Genebra - O Comitê contra a Tortura da ONU expressou nesta sexta-feira repúdio as violações generalizadas dos direitos humanos na Síria e a total impunidade que gozam os culpados, além da preocupação com as denúncias de tortura e mutilações de crianças detidas.
Conforme o presidente do comitê, o chileno Claudio Grossman, eles receberam "inúmeras e consistentes informações de diversas violações" na Síria, onde as manifestações pacíficas contra o regime derivaram para uma brutal repressão armada que já se estende por nove meses.
Grossman ressaltou que nas denúncias recebidas se observa um padrão de abusos, como a tortura de detidos, ataques sistemáticos contra a população civil, assassinatos de manifestantes pacíficos e uso de força excessiva contra os mesmos, além de perseguição a ativistas.
"São particularmente preocupantes os casos de crianças que foram torturadas e mutiladas enquanto estavam presas", confessou o jurista, que foi presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos em duas oportunidades.
Ele lembrou que um dos aspectos mais perturbadores do caso da Síria é que os abusos aconteceram sob "as ordens diretas de autoridades públicas, ou sob sua investigação e até mesmo com seu consentimento".
Pela gravidade da situação, Grossman disse que o comitê pediu oficialmente à Síria que responda as denúncias e forneça informações a respeito até março de 2012.
O caso da Síria será tratado de maneira especial na próxima sessão do comitê em maio.
Perguntado sobre a possibilidade do então regime sírio de Bashar al Assad cair e as autoridades serem outras, Grossman explicou que, como o país ratificou a Convenção da ONU contra Tortura, a informação deve ser fornecida pelas autoridades, mesmo que estas estejam no poder interinamente.
A Síria ratificou a convenção, mas com reservas, como a do país não ser obrigado a aceitar visitas de especialistas da ONU em direitos humanos, razão pela qual os membros do comitê não podem visitar o país.