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Cuba prende artista dissidente por ter celebrado morte de Fidel

Maldonado divulgou nas redes sociais no sábado um vídeo no qual ele critica Fidel e o chama de um "mare", um termo pejorativo cubano

Maldonado: Maldonado, de 33 anos, já foi preso ao pintar os nomes "Fidel" e "Raúl" em dois porcos (Enrique De La Osa/Reuters)

Maldonado: Maldonado, de 33 anos, já foi preso ao pintar os nomes "Fidel" e "Raúl" em dois porcos (Enrique De La Osa/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 22h54.

Miami - A polícia cubana prendeu o artista dissidente Danilo "El Sexto" Maldonado, declarado uma vez prisioneiro de consciência pela Anistia Internacional, depois de ele fazer um vídeo celebrando a morte de Fidel Castro, afirmaram nesta segunda-feira um grupo dissidente de direitos humanos e a namorada do artista.

Fidel morreu na sexta-feira aos 90 anos, uma década depois de ter se aposentado devido à saúde precária e ter passado o poder ao seu irmão, o atual presidente Raúl Castro.

Maldonado divulgou nas redes sociais no sábado um vídeo no qual ele critica Fidel e o chama de um "mare", um termo pejorativo cubano.

Um vídeo como esse pode constituir uma ofensa de "desrespeito". Maldonado, de 33 anos, já foi preso por tal acusação ao pintar os nomes "Fidel" e "Raúl" em dois porcos.

A recente prisão foi relatada pela namorada norte-americana de Maldonado, Alexandra Martinez, que disse ter conversado com ele na prisão, e pela dissidente Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, que afirmou que a mãe de Maldonado havia falado sobre a prisão numa rádio do sul da Flórida.

Autoridades cubanas não confirmaram se Maldonado estava sob custódia, disse Kimberley Motley, um advogado contatado pela Fundação de Direitos Humanos para cuidar do caso.

Cuba não anuncia prisões e chama dissidentes de mercenários pagos pelos Estados Unidos.

Maldonado já usou performance e graffiti para criticar o governo cubano.

Depois de ser preso em dezembro de 2014, ele ficou 10 meses na cadeia e foi liberado depois de uma declaração da Anistia Internacional de que ele era considerado o único prisioneiro de consciência de Cuba.

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