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Crise no Egito obriga multinacionais a suspender produção

Violência forçou empresas multinacionais a fecharem e causou temores de que a crise econômica que já dura dois anos se torne ainda pior

Homem tenta salvar algumas sobras da mesquita Rabaa Adawiya após ação policial para dispersar manifestantes, em Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 16h29.

Londres - A violência em todo o Egito , que deixou centenas de mortos e transformou as ruas das cidades em zonas de guerra, forçou empresas multinacionais a fecharem nesta quinta-feira e causou temores de que a crise econômica que já dura dois anos se torne ainda pior.

O Egito tem sofrido com danos à indústria turística, uma alta dos preços dos alimentos e elevado índice de desemprego desde a derrubada de Hosni Mubarak em 2011, e estava apenas começando a se recuperar de meses de greves de trabalhadores dos setores público e privado.

Nesta quinta-feira, a fabricante de eletrodomésticos sueca Electrolux suspendeu a produção em várias fábricas nos arredores de Cairo onde emprega 7.000 pessoas. A empresa disse que vai rever a decisão no sábado.

A General Motors fechou uma fábrica de montagem perto do Cairo e também seu escritório na cidade, enquanto a petroleira Royal Dutch Shell fechou escritórios pelos próximos dias e restringiu as viagens de negócios. A BP disse que a produção de petróleo não foi afetada.

A bolsa de valores ficou fechada e informou que vai reabrir somente na próxima semana, enquanto o banco central disse a todos os bancos para permanecerem fechados. Fontes da área de transporte marítimo disseram que o canal de Suez e os portos egípcios estavam operando normalmente.

Representantes industriais da Turquia, uma força econômica importante no Oriente Médio, disseram que outras empresas estavam propensas a seguir o exemplo do grupo de alimentos Yildiz Holding, que decidiu suspender a produção no Egito depois que o governo declarou estado de emergência, na quarta-feira.

Grandes empresas egípcias informaram que estavam funcionando normalmente, embora funcionários de vários escritórios da Orascom estejam trabalhando de casa até domingo. Um porta-voz da Ezz Steel disse que a sede da companhia no Cairo ficará fechada até domingo, mas todas as fábricas estavam funcionando normalmente.

A economia do Egito vinha crescendo cerca de 7 por cento ao ano durante vários anos antes do levante de 2011, mas mesmo esse crescimento era insuficiente para gerar emprego para o grande número de jovens que entram no mercado de trabalho. O país cresceu apenas 2 por cento no ano após a derrubada de Mubarak, e 2,3 por cento nos nove meses até março.

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Londres - A violência em todo o Egito , que deixou centenas de mortos e transformou as ruas das cidades em zonas de guerra, forçou empresas multinacionais a fecharem nesta quinta-feira e causou temores de que a crise econômica que já dura dois anos se torne ainda pior.

O Egito tem sofrido com danos à indústria turística, uma alta dos preços dos alimentos e elevado índice de desemprego desde a derrubada de Hosni Mubarak em 2011, e estava apenas começando a se recuperar de meses de greves de trabalhadores dos setores público e privado.

Nesta quinta-feira, a fabricante de eletrodomésticos sueca Electrolux suspendeu a produção em várias fábricas nos arredores de Cairo onde emprega 7.000 pessoas. A empresa disse que vai rever a decisão no sábado.

A General Motors fechou uma fábrica de montagem perto do Cairo e também seu escritório na cidade, enquanto a petroleira Royal Dutch Shell fechou escritórios pelos próximos dias e restringiu as viagens de negócios. A BP disse que a produção de petróleo não foi afetada.

A bolsa de valores ficou fechada e informou que vai reabrir somente na próxima semana, enquanto o banco central disse a todos os bancos para permanecerem fechados. Fontes da área de transporte marítimo disseram que o canal de Suez e os portos egípcios estavam operando normalmente.

Representantes industriais da Turquia, uma força econômica importante no Oriente Médio, disseram que outras empresas estavam propensas a seguir o exemplo do grupo de alimentos Yildiz Holding, que decidiu suspender a produção no Egito depois que o governo declarou estado de emergência, na quarta-feira.

Grandes empresas egípcias informaram que estavam funcionando normalmente, embora funcionários de vários escritórios da Orascom estejam trabalhando de casa até domingo. Um porta-voz da Ezz Steel disse que a sede da companhia no Cairo ficará fechada até domingo, mas todas as fábricas estavam funcionando normalmente.

A economia do Egito vinha crescendo cerca de 7 por cento ao ano durante vários anos antes do levante de 2011, mas mesmo esse crescimento era insuficiente para gerar emprego para o grande número de jovens que entram no mercado de trabalho. O país cresceu apenas 2 por cento no ano após a derrubada de Mubarak, e 2,3 por cento nos nove meses até março.

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