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Crise econômica afeta vida sexual de 1/3 dos espanhóis

34% dos espanhóis entrevistados afirmam que a preocupação com a situação econômica da Espanha repercutiu sobre seu desejo sexual

Apesar dos espanhóis estarem acima da média europeia, os números em relação à atividade sexual registram uma considerável queda nos últimos anos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2012 às 08h42.

Madri - O desejo sexual e a crise não costumam andar juntos, já que os especialistas constataram que a preocupação causada pela situação econômica da Espanha acaba influenciando a vida sexual de um terço dos espanhóis, que diminuíram a frequência e a qualidade de suas relações.

Essa foi a conclusão alcançada por um grupos de sexólogos após a realização de um estudo sobre satisfação sexual, que foi encomendado pela empresa farmacêutica Pfizer e realizado em sete países europeus. Para a realização da pesquisa, os especialistas ouviram mais de seis mil homens e mulheres, entre 36 e 65 anos, sexualmente ativos.

Na Espanha, especificamente, os especialistas consultaram pouco mais de mil pessoas, sendo 502 mulheres e 528 homens, que mantêm relações sexuais pelo menos uma vez a cada três meses.

Após a análise, o resultado foi o seguinte: 34% dos espanhóis entrevistados afirmam que a preocupação com a situação econômica da Espanha repercutiu sim sobre seu desejo sexual.

Além desta percentagem, o estudo também concluiu que a média de relações sexuais dos espanhóis é de quase duas vezes (1,7) por semana, com uma duração de 20 minutos cada uma delas.

O número é ligeiramente superior à média europeia, que se situa em 1,6 vezes por semana, e fica apenas um pouco atrás dos italianos, que, com 1,8 relações, lidera esse ranking.

Apesar dos espanhóis estarem acima da média europeia, os números em relação à atividade sexual registram uma considerável queda nos últimos anos.

Em 2010, por exemplo, os espanhóis dedicavam uma média de duas horas semanais às relações sexuais, enquanto, atualmente, esse número foi reduzido a uma média de 34 minutos por semana.

Segundo o sexólogo e psicoterapeuta Vicente Bataller, presidente da organização Sexólogos Sem Fronteiras, estas estatísticas confirmam que quando uma pessoa tem problemas e conflitos internos, como estar sem emprego ou temer perdê-lo, seu desejo e seu estado de ânimo diminuem e, consequentemente, a frequência e a qualidade das relações sexuais.


Bataller também acrescentou que, por causa da crise econômica, quatro em cada dez casais espanhóis tiveram suas relações sexuais prejudicadas.

No entanto, os resultados do estudo evidenciam que a grande maioria dos espanhóis quer que o tempo dedicado às relações sexuais seja o mais satisfatório possível.

Isso porque 96% dos entrevistados consideram importante a satisfação sexual e a boa qualidade das relações, enquanto 82% gostariam de melhorar sua vida sexual - a percentagem mais alta de toda Europa (quase 20 pontos acima da média), algo que poderia estar relacionado com a falta de educação sexual.

Neste aspecto, os especialistas apontam que, com a prática do sexo, substâncias como a dopamina, que dão sensação de bem-estar às pessoas, e a oxitocina, que facilita a comunicação e o apego das pessoas, têm suas produções elevadas consideravelmente.

O dado curioso do estudo é relacionado apenas aos homens, já que 68% dos espanhóis gostariam ter ereções mais fortes, uma percentagem muito acima da média europeia (47%).

E onde está a chave para alcançá-la? Segundo Bataller, o encontro sexual não deve ser planejado como um 'exame ou uma prova a ser superada', já que a disfunção erétil nos jovens 'ocorre com maior incidência'.

'A ansiedade e o estresse perante o ato sexual são maus companheiros de viagem para uma ereção satisfatória em todos os homens, independentemente de sua idade', completou o sexólogo.

De fato, o número de homens entre 30 e 40 anos que mencionam o problema da ereção aumentou, como foi mostrado no último Congresso Nacional de Urologia, onde se evidenciou uma queda da idade média dos pacientes que apresentam problemas de ereção. EFE

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Madri - O desejo sexual e a crise não costumam andar juntos, já que os especialistas constataram que a preocupação causada pela situação econômica da Espanha acaba influenciando a vida sexual de um terço dos espanhóis, que diminuíram a frequência e a qualidade de suas relações.

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Após a análise, o resultado foi o seguinte: 34% dos espanhóis entrevistados afirmam que a preocupação com a situação econômica da Espanha repercutiu sim sobre seu desejo sexual.

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Apesar dos espanhóis estarem acima da média europeia, os números em relação à atividade sexual registram uma considerável queda nos últimos anos.

Em 2010, por exemplo, os espanhóis dedicavam uma média de duas horas semanais às relações sexuais, enquanto, atualmente, esse número foi reduzido a uma média de 34 minutos por semana.

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Bataller também acrescentou que, por causa da crise econômica, quatro em cada dez casais espanhóis tiveram suas relações sexuais prejudicadas.

No entanto, os resultados do estudo evidenciam que a grande maioria dos espanhóis quer que o tempo dedicado às relações sexuais seja o mais satisfatório possível.

Isso porque 96% dos entrevistados consideram importante a satisfação sexual e a boa qualidade das relações, enquanto 82% gostariam de melhorar sua vida sexual - a percentagem mais alta de toda Europa (quase 20 pontos acima da média), algo que poderia estar relacionado com a falta de educação sexual.

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E onde está a chave para alcançá-la? Segundo Bataller, o encontro sexual não deve ser planejado como um 'exame ou uma prova a ser superada', já que a disfunção erétil nos jovens 'ocorre com maior incidência'.

'A ansiedade e o estresse perante o ato sexual são maus companheiros de viagem para uma ereção satisfatória em todos os homens, independentemente de sua idade', completou o sexólogo.

De fato, o número de homens entre 30 e 40 anos que mencionam o problema da ereção aumentou, como foi mostrado no último Congresso Nacional de Urologia, onde se evidenciou uma queda da idade média dos pacientes que apresentam problemas de ereção. EFE

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