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Crianças sírias assistem a aulas de voluntários na Turquia

As aulas começaram na segunda-feira e as crianças sírios chegam às salas de aula às 15h30, quando acabam as aulas para os alunos turcos

Crianças refugiadas sírias tendo aulas na Turquia: o governo turco quer estender o acesso à educação a todos os refugiados e pediu aos colégios públicos que abram suas instalações aos sírios (Reuters / Umit Bektas)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 09h32.

Ancara - Cerca de 230 mil crianças sírias que vivem refugiadas na Turquia começaram esta semana a assistir aulas informais em colégios públicos turcos, com horários diferentes do resto de alunos, graças a professores voluntários, informou nesta quarta-feira o jornal "Milliyet".

As aulas começaram na segunda-feira e as crianças sírios chegam às salas de aula às 15h30, quando acabam as aulas para os alunos turcos.

Até agora, grande parte das crianças sírias estavam sem acesso à educação, apesar de em várias cidades turcas já existirem colégios sírios financiados por doações e atendidos por voluntários.

Mas o governo turco quer estender o acesso à educação a todos os refugiados e pediu aos colégios públicos que abram suas instalações aos sírios, explicou Polat Ercan, diretor de um colégio primário em Istambul.

"Aceitar crianças sírios ou não é uma decisão que tomada por cada colégio, mas nós pensamos que estas crianças precisam de educação e por isso abrimos nossas portas; agora temos 665 estudantes sírios", detalhou o diretor.

Os professores são na maioria refugiados sírios que eram professores em seu país antes de fugir para a Turquia.

As aulas são em árabe e como material escolar são utilizados livros de colégio sírios, embora na aula de história os professores evitem reproduzir a visão oficial da Síria, que descreve o Império otomano como uma força de ocupação.

A Turquia abriga 2,2 milhões de cidadãos sírios que fugiram da guerra, e os considera "hóspedes" autorizados a permanecer no país sem necessidade de processos burocráticos, mas sem dar a eles o status legal de refugiados.

Até agora, só estavam regularmente matriculados os filhos de 259 mil sírios amparados em 25 acampamentos em dez províncias do sul da Turquia.

Tanto o ensino nestes acampamentos, financiados pelo governo turco, como o oferecido em alguns colégios por iniciativa particulares, e o novo projeto que começou agora nos colégios públicos turcos, é dado em árabe e segue o currículo sírio.

Isto significa que os alunos não têm acesso aos graus e títulos acadêmicos oficiais de nenhum país, por se tratar de um ensino informal.

A incapacidade de possibilitar estudo e carreira aos seus filhos é um dos principais motivos para as famílias sírias decidirem abandonar a Turquia e pedir asilo em países europeus, onde o status de refugiado daria o direito de se integrarem ao ensino formal.

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Ancara - Cerca de 230 mil crianças sírias que vivem refugiadas na Turquia começaram esta semana a assistir aulas informais em colégios públicos turcos, com horários diferentes do resto de alunos, graças a professores voluntários, informou nesta quarta-feira o jornal "Milliyet".

As aulas começaram na segunda-feira e as crianças sírios chegam às salas de aula às 15h30, quando acabam as aulas para os alunos turcos.

Até agora, grande parte das crianças sírias estavam sem acesso à educação, apesar de em várias cidades turcas já existirem colégios sírios financiados por doações e atendidos por voluntários.

Mas o governo turco quer estender o acesso à educação a todos os refugiados e pediu aos colégios públicos que abram suas instalações aos sírios, explicou Polat Ercan, diretor de um colégio primário em Istambul.

"Aceitar crianças sírios ou não é uma decisão que tomada por cada colégio, mas nós pensamos que estas crianças precisam de educação e por isso abrimos nossas portas; agora temos 665 estudantes sírios", detalhou o diretor.

Os professores são na maioria refugiados sírios que eram professores em seu país antes de fugir para a Turquia.

As aulas são em árabe e como material escolar são utilizados livros de colégio sírios, embora na aula de história os professores evitem reproduzir a visão oficial da Síria, que descreve o Império otomano como uma força de ocupação.

A Turquia abriga 2,2 milhões de cidadãos sírios que fugiram da guerra, e os considera "hóspedes" autorizados a permanecer no país sem necessidade de processos burocráticos, mas sem dar a eles o status legal de refugiados.

Até agora, só estavam regularmente matriculados os filhos de 259 mil sírios amparados em 25 acampamentos em dez províncias do sul da Turquia.

Tanto o ensino nestes acampamentos, financiados pelo governo turco, como o oferecido em alguns colégios por iniciativa particulares, e o novo projeto que começou agora nos colégios públicos turcos, é dado em árabe e segue o currículo sírio.

Isto significa que os alunos não têm acesso aos graus e títulos acadêmicos oficiais de nenhum país, por se tratar de um ensino informal.

A incapacidade de possibilitar estudo e carreira aos seus filhos é um dos principais motivos para as famílias sírias decidirem abandonar a Turquia e pedir asilo em países europeus, onde o status de refugiado daria o direito de se integrarem ao ensino formal.

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