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Crescimento econômico chinês desacelera no 3º trimestre para 9,1%

Meta oficial é chegar a um ritmo de 7% de crescimento do PIB ao ano

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no terceiro trimestre foi de 9,1%, comparando com mesmo período do ano passado, atingindo 1,13 trilhão de dólares. O resultado está meio ponto percentual abaixo dos 9,6% do segundo trimestre de 2004. Só para fins de comparação, no Brasil, a luta é para acelerar a economia, que cresceu festejados 4,2% no primeiro semestre. Para o jornal americano The Wall Street Journal, esse desempenho do PIB chinês traz mais uma evidência de que os esforços do governo para frear a economia superaquecida estão, finalmente, fazendo efeito (no Brasil, o desafio é crescer mais, e de forma sustentada).

O órgão nacional de estatísticas chinês afirma em comunicado que "por meio do aumento e do aprimoramento de controles macroeconômicos, vários indicadores desestabilizadores e prejudiciais da economia foram contidos. (...) Flutuações bruscas também foram evitadas, garantindo, assim, a sustentabilidade do crescimento". Em outras palavras, um avanço desordenado da produção alimenta a inflação, esgota matérias-primas e insumos, torna crítico o fornecimento de energia e fragiliza o sistema financeiro. A ordem de Pequim foi que os bancos e instituições locais de financiamento cortem os empréstimos para construção civil e projetos industriais "redundantes", afirma a reportagem.

O governo também anunciou nesta sexta-feira (22/10) que os preços ao consumidor avançaram 5,2% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, "uma tendência que pode aliviar os receios sobre inflação em alta", escreve The Wall Street Journal. Nos dois meses anteriores o resultado tinha sido de 5,3% - a maior alta de preços em sete anos.

Apesar de finalmente apontar o sucesso do rigor oficial sobre o setor produtivo, o resultado do terceiro trimestre, nota o jornal, ainda foi superior às expectativas dos analistas, de crescimento de 8,9%. No acumulado dos nove meses de 2004, o PIB chinês cresceu 9,5%, com um crescimento de 27,7% dos gastos em contrução civil e aquisição de bens de capital sobre mesmo período de 2003 (30,3% no acumulado dos oito primeiros meses).

A meta do governo chinês é reduzir o crescimento a 7% ao ano. Se for atingida e mantida nos próximos anos, de acordo com projeções da revista britânica The Economist, a economia mundial continuará sendo puxada pelo vagão chinês por mais duas décadas.

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