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Cresce esperança de acordo no comércio agrícola mundial

Há expectativa de que os Estados Unidos aceitem limitar sua política de subsídios agrícolas nas negociações da Rodada de Doha

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

Uma semana antes da reunião de ministros de Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC), marcada para Genebra, cresce a esperança de que se possa chegar a um acordo na Rodada de Doha. A controversa discussão sobre comércio agrícola quase levou a rodada de negociações ao colapso. Mas agora, com a sinalização do presidente americano, George W. Bush, de que dará apoio político às negociações, renasce a esperança de um acordo entre a União Européia, os Estados Unidos e os países em desenvolvimento a respeito do tema.

A expectativa, segundo reportagem do jornal Financial Times, é de que os Estados Unidos aceitem limitar sua política de subsídios agrícolas e moderem sua demanda por acesso a mercados agrícolas estrangeiros.

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Negociadores ressaltam, no entanto, que ainda não está clara a possibilidade de um acordo. Um primeiro esboço de um acordo final na área agrícola circulou na quinta-feira com o neozelandês Crawford Falconer, que preside as negociações agrícolas. O documento continha 760 itens ainda sem consenso. Mas um porta-voz do comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, afirmou estar impressionado com a determinação em chegar a um acordo demonstrada pelo presidente Bush durante a cúpula entre Estados Unidos e União Européia, realizada nesta semana.

O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, disse que grandes mercados emergentes, como o Brasil, mostraram vontade de reduzir a proteção tarifária, enquanto a União Européia assinalou com a possibilidade de aceitar cortes em tarifas agrícolas superiores à proposta inicial, de 39%. "Agora, estamos todos esperando para ver se as palavras do presidente Bush terão reflexo na posição dos Estados Unidos nas negociações", diafirmou Lamy.

Em outubro, os Estados Unidos ofereceram corte de cortar em 53% o teto máximo permitido para todos os seus subsídios domésticos em troca de uma redução média de 66% em tarifas agrícolas. Na época, a União Européia e alguns países em desenvolvimento criticaram a proposta americana.

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