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Coreia do Norte poderá no futuro atacar EUA, diz relatório

Segundo Pentágono, continuado desenvolvimento de tecnologias nucleares deixará país mais próximo do seu objetivo declarado de atingir os EUA


	Um soldado norte-coreano monta guarda nas margens do rio Yalu, perto da cidade norte-coreana de Sinuiju
 (REUTERS / Jacky Chen)

Um soldado norte-coreano monta guarda nas margens do rio Yalu, perto da cidade norte-coreana de Sinuiju (REUTERS / Jacky Chen)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 10h36.

Washington - O continuado desenvolvimento de tecnologias nucleares e balísticas deixará a Coreia do Norte mais próxima do seu objetivo declarado de ser capaz de atingir os Estados Unidos com uma bomba atômica, disse um novo relatório do Pentágono entregue na quinta-feira ao Congresso norte-americano.

Esse texto, primeira versão de uma avaliação anual solicitada por lei, diz que o míssil norte-coreano Taepodong-2, que continua em desenvolvimento, poderá no futuro ser capaz de atingir parte do território continental dos EUA, transportando uma carga nuclear, caso seja configurado como míssil intercontinental balístico.

Em dezembro, a Coreia do Norte lançou um foguete em vários estágios para colocar um satélite em órbita, um avanço que, segundo o Pentágono, "contribui fortemente" para o desenvolvimento dos mísseis balísticos de longo alcance.

Além disso, o país continua aperfeiçoando suas armas nucleares, e em fevereiro testou pela terceira vez um artefato desse tipo, podendo repetir a experiência "a qualquer momento".

"Esses avanços nos sistemas de lançamento de mísseis balísticos, junto com desenvolvimentos na tecnologia nuclear ..., estão de acordo com o objetivo declarado da Coreia do Norte de ser capaz de atingir o território dos EUA", disse o relatório.

"A Coreia do Norte vai se aproximar desse objetivo, e também aumentar a ameaça que ela impõe às forças dos EUA e aliados na região, se continuar testando e devotando os escassos recursos do regime a esses programas", disse o texto.

O relatório surge em um momento delicado na região, em que os atritos entre Washington e Pyongyang só agora começam a se acalmar, após dois meses de retórica cada vez mais belicista, que pareceu deixar a península da Coreia próxima de uma guerra.

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