Kiev - Políticos ucranianos e grupos de direitos civis se reuniram nesta quarta-feira para um debate sobre como acabar com uma rebelião pró-Rússia, no leste, mas a recusa do governo em Kiev em permitir a participação de separatistas levanta dúvidas sobre o potencial do encontro para atenuar a crise .
As negociações ocorrem em um momento crítico para Kiev. Na terça-feira, sete soldados foram mortos em uma emboscada perto da cidade oriental de Kramatorsk, o ataque mais grave contra as forças de segurança enviadas em abril para combater o levante.
Os eleitores das regiões de Donetsk e Luhansk, no leste, apoiaram um governo próprio em dois referendos realizados no domingo, apesar dos protestos de Kiev, que aponta a influência da Rússia na rebelião e classifica as a consulta popular como ilegal.
Depois da votação, líderes rebeldes em Donetsk e Luhansk defenderam que suas regiões fossem incorporadas à Rússia, embora o chamado não tenha sido acatado por Moscou.
As negociações nesta quarta-feira reúnem ministros, líderes de partidos políticos, candidatos da eleição presidencial de 25 de maio, representantes de empresas e funcionários de governos regionais.
Os participantes devem explorar métodos para compartilhar o poder de modo a permitir uma maior autonomia local, o que o governo em Kiev espera possa atender aos insatisfeitos no leste da Ucrânia.
No entanto, o governo ucraniano excluiu os rebeldes, a quem chama de "terroristas", de participação na mesa de negociação, atraindo críticas do exterior. O governo russo disse que deveria haver negociações diretas entre separatistas e Kiev.
"Estamos prontos para conversar com todo mundo que tenha objetivos políticos legítimos e que esteja pronto para persegui-los por meios legais, com aqueles que não tenham sangue em suas mãos", disseram o presidente interino, Oleksander Turchinov, e o primeiro-ministro, Arseny Yatseniuk, em um comunicado conjunto.
Conflito com a oposição
Entre os que têm esperança nas negociações está a chanceler alemã, Angela Merkel. Para ela, quanto mais representantes estiverem presentes, melhor será.
A crise na Ucrânia e a anexação da Crimeia pela Rússia geraram a pior crise Leste-Oeste desde o colapso da União Soviética em 1991.
Em Slaviansk, nesta quarta-feira, Stella Khorosheva, porta-voz dos rebeldes, disse que eles não têm uma posição oficial sobre as negociações.
"Mas Kiev está nos chamando de terroristas e extremistas, que são acusações graves que podem ter importantes consequências legais. Estamos tentando libertar o nosso país e não somos terroristas", disse Khorosheva.
São Paulo - Cerca 300 homens e 20 blindados partiram
hoje em direção ao leste da
Ucrânia . O objetivo da operação é combater milícias pró-russas, que atuam na região. A ação militar é mais um movimento delicado em meio à
crise política por que passa o país. Em pronunciamento, o primeiro-ministro da
Rússia Dmitri Medvedev pediu apoio à
comunidade internacional e afirmou que a Ucrânia está "à beira da
guerra civil".
2. Pronto para o pior 2 /18(Greg White/Twitter)
Soldado protege trincheira no leste da Ucrânia. Em meio à crise poítica, país pode estar à beira de uma guerra civil.
3. Tropas ao leste 3 /18(@A3AP/Twitter)
Comboios ucranianos vão em direção ao leste do país. Ao todo, 300 homens e 20 blindados foram deslocados para a região.
4. Tanques em Izium 4 /18(Ucranian Updates/Twitter)
Tanques e tropas ucranianas em Izium, no leste do país. Localizada na provícina de Kharkiv Oblast, cidade fica a 40 quilômetros de Slaviansk, reduto das milícias pró-russas
5. Vigilância 5 /18(@A3AP/Twitter)
Soldados ucranianos vigiam estrada ao lado de tanque. Operação no leste do país foi iniciada hoje.
6. Embarque de suprimentos 6 /18(Chris Dzieciolowski/Twitter)
Soldado ucraniano organiza embarque de suprimentos em helicóptero em Izium. Cidade fica no leste da Ucrânia, região do país com milícias a favor da união com a Rússia.
7. Kramatorsk 7 /18(Olaf Koens/Twitter)
Kramatorsk é uma cidade do leste da Ucrânia. Por lá, os tanques também já chegaram para tentar conter às milícias pró-russas.
8. A 50 km de Slaviansk 8 /18(Simon Ostrovsk/Twitter)
Tropas ucranianas abastecem helicópteros a 50 km de Slaviansk. Cidade do leste do país é reduto das milícias pró-russas.
9. Mais tanques 9 /18(Olaf Koens/Twitter)
Tanques ucranianos em Kramatorsk. No leste do país, cidade é uma das bases de apoio do exército local na operação de hoje.
10. Perto do rio Donetsk 10 /18(cstreib/Twitter)
Coluna de tanques circula nas proximidades do rio Donetsk. Região fica no leste da Ucrânia, para onde foram enviados hoje 300 soldados.
11. A 40 km de Slaviansk 11 /18(Greg White/Twitter)
Helicópetros e tanques a 40 km de Slaviansk. Situada no leste da Ucrânia, cidade é reduto das milícias pró-russas.
12. Tropas rebeldes 12 /18(cstreib/Twitter)
Tropas rebeldes ao norte de Donetsk. Cidade industrial fica no leste da Ucrânia.
13. Preparado para a guerra 13 /18(Monika Kalinowska/Twitter)
Rebelde armado em Slaviansk. Reduto das milícias pró-russas, cidade fica no leste da Ucrânia.Rebelde armado em Slaviansk. Reduto das milícias pró-russas, cidade fica no leste da Ucrânia.
14. Helicópteros sobre Slaviansk 14 /18(Aureliano Buendia/Twitter)
Slaviansk é sobrevoada por helicóptero no leste da Ucrânia. Na imagem, é possível ver também um tanque.
15. Kiev x Moscou 15 /18(Lindsey Hilsum/Twitter)
Na fronteira com a Rússia, ucranianos do leste se negam a se submeter a regras enviadas por Kiev. Região é foco de milícias pró-russas.
16. Russos em ação? 16 /18(Anis/Twitter)
Soldados atuam em Slaviansk, foco das milícias rebeldes na Ucrânia. No
Twitter, eles são identificados como membros da Força Especial Russa - mas não há como confirmar esta informação.
17. Rebeldes 17 /18(cstreib/Twitter)
Em caminhão, rebeldes ucranianos partem armados rumo à batalha. Na opinião de muitos, país está à beira de uma guerra civil.
18. Agora, veja como as regras da Rússia vão afetar quem vive na Crimeia 18 /18(REUTERS/Thomas Peter)