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Conselho de Segurança rejeita contraproposta dos EUA sobre Gaza

Após vetar resolução árabe, americanos apresentaram texto que condenava os ataques contra Israel efetuados pelo Hamas e outros grupos na região

Conselho de Segurança: embaixadora americana nas Nações Unidas disse que votação é prova de que a ONU "é irremediavelmente parcial contra Israel" (Mike Segar/Reuters)

Conselho de Segurança: embaixadora americana nas Nações Unidas disse que votação é prova de que a ONU "é irremediavelmente parcial contra Israel" (Mike Segar/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de junho de 2018 às 19h23.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU rejeitou nesta sexta-feira uma resolução sobre Gaza apresentada pelos Estados Unidos como contraproposta a um texto apresentado pelo Kuwait que Washington tinha vetado minutos antes.

Apenas os EUA votaram a favor da sua iniciativa, que recebeu três votos contrários e 11 abstenções, ficando muito longe dos nove apoios necessários para seguir adiante.

O texto americano condenava os recentes ataques contra Israel efetuados pelo Hamas e outros grupos, frente à proposta árabe, que criticava principalmente a resposta israelense aos protestos em Gaza e pedia proteção internacional para os palestinos.

Na mesma sessão, os EUA tinham utilizado seu direito de veto para impedir a adoção dessa resolução, por considerá-la "grosseiramente parcial" por não assinalar a responsabilidade do Hamas, organização que os Estados Unidos culpam pela recente escalada da violência.

"Com seus votos hoje, a maioria do Conselho de Segurança da ONU mostrou que estava disposta a culpar Israel, mas não disposta a culpar o Hamas pela violência em Gaza", lamentou a representante americana, Nikki Haley.

Segundo Haley, trata-se de uma nova prova de que a ONU "é irremediavelmente parcial contra Israel".

O texto vetado pelos EUA tinha sido impulsionado pelos países árabes e negociado durante as duas últimas semanas, resultando em um mais moderado que obteve o apoio de 10 dos 15 países do Conselho de Segurança.

Outros quatro (Reino Unido, Polônia, Holanda e Etiópia) se abstiveram, deixando os EUA como único opositor. EFE

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