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Conselho de Segurança decide manter-se à margem de crise no Egito

Segundo a embaixadora brasileira no órgão, conselho não fez reunião sobre o assunto e nem tem a intenção de fazê-lo

Reunião do Conselho de Segurança: Ki-moon, por sua vez, condenou a violência no Egito (Mario Tama/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 17h27.

Nova York - O Conselho de Segurança da ONU não tem intenção de abordar a crise política no Egito e em outros países árabes, disse nesta quarta-feira a embaixadora do Brasil no organismo, Maria Luiza Ribeiro Viotti.

A diplomata afirmou que nenhum dos 15 membros do principal órgão de segurança internacional mostrou interesse até o momento em realizar uma reunião sobre a situação no Egito, onde nesta quarta-feira partidários e opositores ao presidente Hosni Mubarak se enfrentaram nas ruas.

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"A situação no Egito não está na agenda do Conselho e não deve ser abordada", disse Maria Luiza na entrevista coletiva em que apresentou a agenda mensal do Conselho de Segurança.

Segundo ela, os países por enquanto preferem tratar o assunto no marco de suas respectivas relações bilaterais com o Cairo e outras nações árabes que se viram afetadas pelas manifestações a favor de reformas políticas.

"O Conselho de Segurança é visto como um mecanismo de último recurso, portanto, por enquanto, não há nenhuma intenção" de se envolver na crise egípcia, acrescentou.


Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta quarta-feira categoricamente os ataques contra manifestantes pacíficos no Egito e os qualificou como "inaceitáveis".

O principal responsável do organismo multilateral referiu-se à crise egípcia em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, após se reunir com ele em Londres.

Pelo menos uma pessoa morreu e 403 ficaram feridas nos distúrbios registrados nesta quarta-feira na cêntrica praça Tahrir do Cairo, disseram fontes oficiais.

Por sua vez, um porta-voz do Movimento 6 de abril falou em pelo menos 750 feridos durante os confrontos e disse que cerca de 300 médicos os atendem em um improvisado hospital de campanha instalado em uma mesquita junto à praça.

Os confrontos tiveram início com a chegada de partidários do regime do presidente Mubarak à praça Tahrir, que estava ocupada por militantes da oposição para exigir a renúncia do chefe de Estado, no poder desde 1981.

Desde a noite de sexta-feira, a praça estava ocupada por tropas do Exército, mas os soldados e os civis que ocupavam o local não conseguiram impedir a entrada de milhares de partidários de Mubarak.

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