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Conselho de Segurança convoca reunião de urgência sobre a Síria

Na reunião, será avaliada a proposta da França e do Reino Unido para condenar esse massacre

Pelo menos 92 corpos, entre eles os de 32 crianças, foram encontrados no sábado em Al Haula (Uriel Sinai/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2012 às 16h05.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de urgência neste domingo para abordar o massacre de sexta-feira na localidade síria de Al Haula, informaram fontes diplomáticas.

Essas fontes indicaram que na reunião os 15 membros do Conselho, presidido este mês pelo Azerbaijão, abordarão a proposta da França e do Reino Unido para condenar esse massacre.

Pelo menos 92 corpos, entre eles os de 32 crianças, foram encontrados no sábado em Al Haula, além de centenas de feridos, pelos observadores militares e civis das Nações Unidas.

Durante a reunião do Conselho, principal órgão de decisões em segurança internacional, espera-se um relato da situação na Síria por parte do chefe da missão de supervisão da ONU nesse país árabe (UNSMIS), o general norueguês Robert Mood.

O agravamento da crise síria, desencadeada há 15 meses, devido a este último episódio de violência, gerou uma onda de críticas internacionais contra o regime de Damasco e debilitou o plano de paz aprovado em abril e proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no sábado o massacre e pediu ao governo de Bashar al Assad o imediato fim do uso de armamento pesado contra as cidades.

Além disso, assinalou que Annan entrou em contato com as autoridades sírias 'para comunicar-lhes nos termos mais claros as expectativas da comunidade internacional e fará isso de novo em sua próxima visita à Síria'.

Annan tinha previsto viajar pela segunda vez para avaliar a partir de amanhã o acordo assinado há mais de um mês pelas partes que estipulava um cessar-fogo que foi descumprido sistematicamente, além de reunir-se com Assad e com figuras da oposição do país árabe.

Por outra parte, hoje se soube que os Estados Unidos buscam o apoio da Rússia para um plano de transição para a Síria similar ao realizado no Iêmen, onde o presidente Ali Abdullah Saleh aceitou renunciar e ceder o poder a seu vice-presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, um líder de transição que tem dois anos para reformar a Constituição e convocar eleições gerais.

O objetivo seria conseguir uma solução que satisfaça à oposição síria sem eliminar todo o governo de Assad, segundo publicou hoje o jornal 'The New York Times', que cita funcionários americanos que falaram sob condição de anonimato.

A Rússia bloqueou até agora todas as resoluções no Conselho de Segurança da ONU nas quais se propôs a saída de Assad para iniciar a transição na Síria.

O jornal acrescenta que durante a Cúpula do G8 realizada há poucos dias em Camp David (Maryland), o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, se mostrou 'receptivo' à proposta de Barack Obama de levar em conta a transição no Iêmen como modelo para a Síria. EFE

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Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de urgência neste domingo para abordar o massacre de sexta-feira na localidade síria de Al Haula, informaram fontes diplomáticas.

Essas fontes indicaram que na reunião os 15 membros do Conselho, presidido este mês pelo Azerbaijão, abordarão a proposta da França e do Reino Unido para condenar esse massacre.

Pelo menos 92 corpos, entre eles os de 32 crianças, foram encontrados no sábado em Al Haula, além de centenas de feridos, pelos observadores militares e civis das Nações Unidas.

Durante a reunião do Conselho, principal órgão de decisões em segurança internacional, espera-se um relato da situação na Síria por parte do chefe da missão de supervisão da ONU nesse país árabe (UNSMIS), o general norueguês Robert Mood.

O agravamento da crise síria, desencadeada há 15 meses, devido a este último episódio de violência, gerou uma onda de críticas internacionais contra o regime de Damasco e debilitou o plano de paz aprovado em abril e proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no sábado o massacre e pediu ao governo de Bashar al Assad o imediato fim do uso de armamento pesado contra as cidades.

Além disso, assinalou que Annan entrou em contato com as autoridades sírias 'para comunicar-lhes nos termos mais claros as expectativas da comunidade internacional e fará isso de novo em sua próxima visita à Síria'.

Annan tinha previsto viajar pela segunda vez para avaliar a partir de amanhã o acordo assinado há mais de um mês pelas partes que estipulava um cessar-fogo que foi descumprido sistematicamente, além de reunir-se com Assad e com figuras da oposição do país árabe.

Por outra parte, hoje se soube que os Estados Unidos buscam o apoio da Rússia para um plano de transição para a Síria similar ao realizado no Iêmen, onde o presidente Ali Abdullah Saleh aceitou renunciar e ceder o poder a seu vice-presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, um líder de transição que tem dois anos para reformar a Constituição e convocar eleições gerais.

O objetivo seria conseguir uma solução que satisfaça à oposição síria sem eliminar todo o governo de Assad, segundo publicou hoje o jornal 'The New York Times', que cita funcionários americanos que falaram sob condição de anonimato.

A Rússia bloqueou até agora todas as resoluções no Conselho de Segurança da ONU nas quais se propôs a saída de Assad para iniciar a transição na Síria.

O jornal acrescenta que durante a Cúpula do G8 realizada há poucos dias em Camp David (Maryland), o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, se mostrou 'receptivo' à proposta de Barack Obama de levar em conta a transição no Iêmen como modelo para a Síria. EFE

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