Congresso peruano acusará ex-presidente por tráfico de influência
Ollanta Humala e o ex-ministro Pedro Cateriano também são suspeitos de associação ilícita por irregularidades nas ascensões dentro das forças armadas
EFE
Publicado em 16 de junho de 2017 às 16h36.
Última atualização em 16 de junho de 2017 às 22h09.
Lima - O plenário do Congresso do Peru aprovou a formulação de uma acusação constitucional contra o ex-presidente Ollanta Humala e seu ex-ministro Pedro Cateriano pelos supostos delitos de tráfico de influência e associação ilícita por supostas irregularidades nas ascensões dentro das forças armadas.
A acusação constitucional é uma recomendação feita à comissão permanente do parlamento pela Comissão de Defesa Nacional e Ordem Interna, cujo relatório aprovado no plenário resume as investigações feitas sobre as ascensões e aposentadorias de militares durante o mandato de Humala.
O Congresso, onde o opositor partido fujimorista Força Popular tem maioria absoluta, aprovou o relatório na última hora de quinta-feira por 85 votos a favor, nenhum contra e sete abstenções.
O documento também recomendou o envio de uma cópia das indagações do Congresso à procuradoria, para esta que inicie uma investigação preliminar contra o ex-ministro de Defesa, Jakke Valakivi, e o ex-assessor presidencial, Adrián Villafuerte, pelos supostos delitos de tráfico de influências e associação ilícita.
Segundo explicou a congressista Luciana León, presidente da Comissão de Defesa Nacional e Ordem Interna, "Humala teria tido um interesse particular em ascender um grupo determinado de militares do seu entorno".
"Nos primeiros anos de governo de Humala se deu a nomeação como comandante geral do exército de Víctor Ripalda e Ricardo Moncada, que seriam do entorno muito próximo do ex-assessor Adrián Villafuerte", segundo se argumenta no relatório.
Ollanta Humala, que governou o Peru entre 2011 e 2016, chegou a ocupar o grau de tenente coronel do exército peruano e atualmente está sendo investigado por supostas torturas e execuções extrajudiciais em 1992.