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Congresso dos EUA votará ajuda a montadoras só em dezembro

Líderes democratas decidem esperar montadoras apresentarem um plano que justifique a ajuda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O Congresso americano decidiu adiar para dezembro a votação de uma pacote de ajuda às três maiores montadoras do país: General Motors, Ford e Chrysler. Uma sessão especial só será convocada para o próximo mês caso as montadoras apresentem um plano capaz de convencer os congressistas e a opinião pública de que a ajuda governamental poderia representar a solução definitiva para o setor.

"Até que elas nos apresentem um plano, nós não poderemos liberar o dinheiro", afirmou a presidente da Câmara dos Representantes e líder democrata, Nancy Pelosi, segundo o "Wall Street Journal". Ela e o líder da maioria no Senado, Harry Reid, acreditam que até o momento as empresas não conseguiram apresentar uma proposta que possa ser aprovada no Congresso e obtenha o apoio do presidente George W. Bush.

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GM, Ford e Chrysler pedem ao governo uma ajuda de 25 bilhões de dólares. O dinheiro seria utilizado para a redução da capacidade de produção das montadoras, principalmente das fábricas mais deficitárias, e também no desenvolvimento de veículos mais econômicos no consumo de combustíveis. As empresas americanas já vinham perdendo mercado nos últimos anos para rivais japonesas como a Toyota e a Nissan. Com o agravamento da crise do crédito, as vendas de veículos nos Estados Unidos despencaram e agravaram a situação das montadoras. GM, Ford e Chrysler podem ficar sem caixa para continuar a operar já nos próximos meses - e já há analistas que não vêem alternativa à falência.

Obama é esperança

O presidente eleito, Barack Obama, tem se mostrado favorável a uma ajuda às empresas. Para democratas, a ajuda de 25 bilhões de dólares pedida pelas montadoras poderia vir de parte do pacote de 700 bilhões de dólares já aprovado pelo Congresso para socorrer os bancos. A administração republicana de George W. Bush, no entanto, só aceita conceder empréstimos às empresas, ainda assim dentro uma pacote de 25 bilhões de dólares já aprovado pelo Congresso. Bush resiste em ceder à pressão dos sindicatos por uma ajuda direta às empresas capaz de evitar a eliminação de milhares de empregos.

O presidente do Sindicato da Indústria Automobilística dos EUA, Ron Gettelfinger, disse, no entanto, que "a inação simplesmente não é uma solução" e que uma ou mais montadoras de Detroit podem entrar em colapso até o final deste ano. "Os custos disso seriam grandes demais", avisou. Principalmente em uma economia já bastante fragilizada como a americana.

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