Mundo

Confronto deixa 28 mortos na República Centro-Africana

Mortes ocorreram por conta dos combates entre milícias muçulmanas e cristãs em uma cidade no centro do país

Soldados franceses das tropas pacificadoras na capital Bangui, na República Centro Africana (Siegfried Modola/Reuters)

Soldados franceses das tropas pacificadoras na capital Bangui, na República Centro Africana (Siegfried Modola/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 17h57.

Bangui - Pelo menos 28 pessoas morreram na República Centro-Africana durante vários dias de combates entre milícias muçulmanas e cristãs em uma cidade no centro do país assolado pela guerra, informaram um padre e um ex-membro do Parlamento à Reuters nesta segunda-feira.

Os confrontos ocorreram em Mala, cerca de 300 quilômetros ao norte da capital, Bangui, entre ex-rebeldes do grupo Seleka e a milícia cristã conhecida como "anti-Balaka". São os enfrentamentos mais recentes de meses de violência retaliatória que já matou milhares e deslocou mais de um milhão de pessoas.

Esse confronto começou na quinta-feira, depois que combatentes anti-Balaka saquearam depósitos de alimentos dos Seleka, disseram moradores à Reuters.

"Durante os quatro dias de combate, pelo menos 28 pessoas foram mortas, incluindo 22 civis e seis rebeldes Seleka", disse o ex-membro do Parlamento regional Augustin Ndoukoulouba, em Bangui.

Ndoukoulouba contou que os moradores lhe contaram que as ruas estavam repletas de corpos por não ter ninguém para enterrá-los, e os feridos não conseguiam obter ajuda.

Everaldo de Souza, um padre da cidade vizinha de Dékoa, disse à Reuters por telefone que sete pessoas foram mortas em três vilarejos próximos por ex-rebeldes do Seleka. O saldo final de mortes pode ser maior, afirmou.

A violência intercomunal tomou conta da ex-colônia francesa desde o fim de 2012, quando uma disputa de poder levou a combates entre milícias muçulmanas e cristãs.

O governo interino, empossado em janeiro e auxiliado por milhares de tropas pacificadoras francesas, europeias e africanas, não conseguiu deter a violência.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGuerrasViolência política

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país