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Conflito na Ucrânia está longe de ser resolvido, adverte ONU

Os observadores da organização constataram mais uma vez que os civis que vivem perto da linha de separação são especialmente vulneráveis aos abusos

Forças Armadas: os observadores da organização constataram mais uma vez que os civis que vivem perto da linha de separação são especialmente vulneráveis aos abusos (REUTERS/Gleb Garanich)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2016 às 11h23.

Genebra - A crise causada na Ucrânia pelo conflito separatista no leste de seu território está longe de ficar resolvida e, ao contrário, as hostilidades e os abusos que sofrem os habitantes perto da chamada "linha de separação" persistem, disse nesta sexta-feira a ONU .

O aumento do armamento pesado perto da linha de separação e as hostilidades em Avdiivka e Yasynutava, desde o início de março na região de Donestk, "indicam que a crise está longe de terminar", recalcou a ONU em seu relatório sobre a Ucrânia em relação com o conflito que começou há mais de dois anos.

Os observadores da organização constataram mais uma vez que os civis que vivem perto da linha de separação -uma delimitação de fato da região separatista e o resto da Ucrânia- são especialmente vulneráveis aos abusos.

O mesmo acontece em geral, afirmam, no resto dos territórios controlados pelos grupos armados que pegaram em armas contra o governo de Kiev, com o apoio da Rússia, e onde vivem 2,7 milhões de pessoas.

Essa população está exposta ao risco dos explosivos abandonados e das minas, "que foram responsáveis pela maioria de perdas civis nos últimos meses".

Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, as pessoas mortas em relação ao conflito são 9.371, enquanto os feridos superam os 21,5 mil, em pouco mais de dois anos.

Além disso, o pessoal da ONU documentou vários casos de violência sexual, através de testemunhos sobre a utilização de ameaças de estupro contra pessoas detidas de forma ilegal, sejam homens ou mulheres.

"As ameaças de violência sexual, de dano físico ou de morte contra as mulheres, ou sua detenção, são utilizadas frequentemente para forçar os detidos a confessarem, renunciarem a seus bens ou como uma condição para garantir sua segurança ou libertação", afirma o relatório.

De maneira geral, a ONU lamenta que "nos territórios controlados pelos grupos armados, a lei e a ordem foram derrubadas e as estruturadas ilegais se desenvolveram".

Os residentes em zonas próximas à linha de separação são facilmente vítimas da situação caótica que impera e que atenta gravemente contra sua liberdade de movimento.

Segundo a ONU, a cada dia cerca de 20 mil pessoas tentam atravessar essa linha e são obrigadas a esperar durante horas em condições precárias.

O perigo se reflete na morte, no final de abril, de quatro civis, enquanto outros oito ficaram feridos por um bombardeio quando esperavam em um posto de controle em uma rota entre Maiopol e a cidade de Donestk.

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O aumento do armamento pesado perto da linha de separação e as hostilidades em Avdiivka e Yasynutava, desde o início de março na região de Donestk, "indicam que a crise está longe de terminar", recalcou a ONU em seu relatório sobre a Ucrânia em relação com o conflito que começou há mais de dois anos.

Os observadores da organização constataram mais uma vez que os civis que vivem perto da linha de separação -uma delimitação de fato da região separatista e o resto da Ucrânia- são especialmente vulneráveis aos abusos.

O mesmo acontece em geral, afirmam, no resto dos territórios controlados pelos grupos armados que pegaram em armas contra o governo de Kiev, com o apoio da Rússia, e onde vivem 2,7 milhões de pessoas.

Essa população está exposta ao risco dos explosivos abandonados e das minas, "que foram responsáveis pela maioria de perdas civis nos últimos meses".

Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, as pessoas mortas em relação ao conflito são 9.371, enquanto os feridos superam os 21,5 mil, em pouco mais de dois anos.

Além disso, o pessoal da ONU documentou vários casos de violência sexual, através de testemunhos sobre a utilização de ameaças de estupro contra pessoas detidas de forma ilegal, sejam homens ou mulheres.

"As ameaças de violência sexual, de dano físico ou de morte contra as mulheres, ou sua detenção, são utilizadas frequentemente para forçar os detidos a confessarem, renunciarem a seus bens ou como uma condição para garantir sua segurança ou libertação", afirma o relatório.

De maneira geral, a ONU lamenta que "nos territórios controlados pelos grupos armados, a lei e a ordem foram derrubadas e as estruturadas ilegais se desenvolveram".

Os residentes em zonas próximas à linha de separação são facilmente vítimas da situação caótica que impera e que atenta gravemente contra sua liberdade de movimento.

Segundo a ONU, a cada dia cerca de 20 mil pessoas tentam atravessar essa linha e são obrigadas a esperar durante horas em condições precárias.

O perigo se reflete na morte, no final de abril, de quatro civis, enquanto outros oito ficaram feridos por um bombardeio quando esperavam em um posto de controle em uma rota entre Maiopol e a cidade de Donestk.

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