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Como as publicações de negócios vêem o rebaixamento dos EUA

Crítica à ineficiência do governo norte-americano para reagir à crise marca opinião de blogueiros e analistas

Congresso é alvo de críticas de articulistas e blogueiros (foto/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2011 às 12h42.

São Paulo – Confira as reações de articulistas e blogueiros de algumas das publicações mais influentes em economia e negócios ao rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor’s na sexta-feira (05/08):

Wall Street Journal
Em uma análise publicada logo após a notícia do rebaixamento, Mark Gongloff observou que, se a medida levar a um aumento nos custos de empréstimo dos Estados Unidos, o Fed poderá ser pressionado a reagir, mas lembrou que em outros casos de downgrade este não foi necessariamente o cenário que se desenhou. Ele apontou ainda que se o mercado for complacente com o rebaixamento e o governo não agir, outras agências podem seguir o mesmo caminho. Por fim, Gongloff criticou a postura da S&P, afirmando que a agência “mais uma vez manchou sua credibilidade, enfraquecendo sua mensagem ao apresentar a Casa Branca um relatório com um erro de US$ 2 trilhões e seguir com o rebaixamento mesmo assim.”

Forbes
Para John Irons, blogueiro da Forbes, o rebaixamento pode ser um bem-vindo “alerta” para que o governo americano para a urgência de agir diante da crise global. Ele destacou ainda que o que pode salvar a economia americana dos impactos da queda na nota é o fato de que o cenário na Europa é ainda pior. “Podemos ser percebidos como menos seguros que semana passada, mas ainda somos mais seguros que as alternativas”, disse.

Robert Mcteer, outro blogueiro darevista, afirmou que o rebaixamento não faz sentido, já que a agência deveria estar preocupada com a capacidade dos Estados Unidos de honrar seus débitos e não com as turbulências econômicas e políticas que se abatem sobre o país.

Economist
O blog Free Exchange, da Economist, classificou a decisão da Standard & Poor’s como momentânea. Defendendo ser improvável que as taxas de juros disparem e que os mercados se desesperem, como temem alguns, o texto avalia que poucos investidores se sentirão compelidos a vender os títulos da dívida americana apenas porque a classificação foi mudada de AAA para AA+. A conclusão é de que os politicos devem aprender mais com o rebaixamento do que os investidores. “O Congresso deve reconhecer a idiotice do seu comportamento recente e se adaptar, substituindo competição por concessão.”

Financial Times
Para John McDermott, do Financial Times, os efeitos reais do rebaixamento, para além das conseqüências óbvias, são difíceis de prever. Pesa a favor dos Estados Unidos o fato de que outras agências, como a Fitch e a Moody, mantém a avaliação AAA, ele argumenta. Mas, para o analista, os reais impactos do downgrade serão mais sentidos ao longo da semana.

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São Paulo – Confira as reações de articulistas e blogueiros de algumas das publicações mais influentes em economia e negócios ao rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor’s na sexta-feira (05/08):

Wall Street Journal
Em uma análise publicada logo após a notícia do rebaixamento, Mark Gongloff observou que, se a medida levar a um aumento nos custos de empréstimo dos Estados Unidos, o Fed poderá ser pressionado a reagir, mas lembrou que em outros casos de downgrade este não foi necessariamente o cenário que se desenhou. Ele apontou ainda que se o mercado for complacente com o rebaixamento e o governo não agir, outras agências podem seguir o mesmo caminho. Por fim, Gongloff criticou a postura da S&P, afirmando que a agência “mais uma vez manchou sua credibilidade, enfraquecendo sua mensagem ao apresentar a Casa Branca um relatório com um erro de US$ 2 trilhões e seguir com o rebaixamento mesmo assim.”

Forbes
Para John Irons, blogueiro da Forbes, o rebaixamento pode ser um bem-vindo “alerta” para que o governo americano para a urgência de agir diante da crise global. Ele destacou ainda que o que pode salvar a economia americana dos impactos da queda na nota é o fato de que o cenário na Europa é ainda pior. “Podemos ser percebidos como menos seguros que semana passada, mas ainda somos mais seguros que as alternativas”, disse.

Robert Mcteer, outro blogueiro darevista, afirmou que o rebaixamento não faz sentido, já que a agência deveria estar preocupada com a capacidade dos Estados Unidos de honrar seus débitos e não com as turbulências econômicas e políticas que se abatem sobre o país.

Economist
O blog Free Exchange, da Economist, classificou a decisão da Standard & Poor’s como momentânea. Defendendo ser improvável que as taxas de juros disparem e que os mercados se desesperem, como temem alguns, o texto avalia que poucos investidores se sentirão compelidos a vender os títulos da dívida americana apenas porque a classificação foi mudada de AAA para AA+. A conclusão é de que os politicos devem aprender mais com o rebaixamento do que os investidores. “O Congresso deve reconhecer a idiotice do seu comportamento recente e se adaptar, substituindo competição por concessão.”

Financial Times
Para John McDermott, do Financial Times, os efeitos reais do rebaixamento, para além das conseqüências óbvias, são difíceis de prever. Pesa a favor dos Estados Unidos o fato de que outras agências, como a Fitch e a Moody, mantém a avaliação AAA, ele argumenta. Mas, para o analista, os reais impactos do downgrade serão mais sentidos ao longo da semana.

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