Rebelde sírio em confronto com as forças do regime em Maaret al-Numan, na Síria: alguns legisladores americanos criticaram o plano como insuficiente para que tenha impacto em campo (AFP / Daniel Leal-Olivas)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 10h27.
Washington - Os comitês de inteligência do Senado e da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovaram o envio de armas aos rebeldes na Síria, informaram nesta terça-feira veículos de imprensa americanos.
"Apesar das preocupações muito fortes sobre a firmeza dos planos do governo (dos EUA) na Síria e suas probabilidades de sucesso se chegou a um consenso após muita discussão e análise", anunciou ontem à noite o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Rogers, em comunicado.
A aprovação significa que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já pode autorizar a CIA (agência de inteligência americana) a ativar o programa de ajuda aos rebeldes que estava paralisado, segundo The Washington Post, que cita fontes legislativas e do Executivo.
Essas últimas, que o Post não identifica, assinalam que ambos os comitês, que tiveram suas sessões a portas fechadas, votaram na semana passada sobre os planos do governo.
"O acordo permite que fundos que já estão no orçamento da CIA se reprogramem para a operação síria, uma ação clandestina que o presidente Obama aprovou no início de junho", se explica no jornal.
"A infraestrutura para o programa, que inclui instrução, logística e ajuda de inteligência - em sua maior parte da Jordânia- já está montada e as armas começarão a chegar nas próximas semanas", acrescenta.
Alguns legisladores criticaram o plano como insuficiente para que tenha impacto em campo e pediram apoio aéreo americano para os rebeldes "com ataques sobre aeroportos sírios e o estabelecimento de zonas de exclusão aérea sobre o território que controlam os rebeldes".
Outros membros do Congresso se opõem, no entanto, a qualquer forma de intervenção militar americana na guerra civil da Síria, uma posição que conta com o apoio da maioria dos americanos, segundo "várias enquetes de opinião pública", diz o jornal.