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Comissão Europeia propõe eurobônus com maior disciplina orçamentária

O órgão defende que os títulos 'poderiam ter impacto imediato nas expectativas dos mercados e reduzir o custo médio e marginal de financiamento para os estados-membros'

No entanto, Barroso admitiu que 'os bônus não solucionarão nossos problemas imediatos e não podem ser um substituto às reformas necessárias' (John Thys/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 12h02.

Bruxelas - A Comissão Europeia abriu nesta quarta-feira o debate sobre a possível introdução de bônus de dívida comum na eurozona ao propor três opções que, adverte, só seriam factíveis se vinculados a uma maior disciplina orçamentária.

Em um livro verde, a Comissão indica que esses títulos 'poderiam ter impacto imediato nas expectativas dos mercados e reduzir o custo médio e marginal de financiamento para os estados-membros que sofrem pressões atualmente sobre sua dívida soberana'.

'Se aplicados de maneira adequada, a dívida comum poderia gerar benefícios tremendos: poderia levar a uma maior integração financeira, à criação de um mercado de dívida maior e com mais liquidez', afirmou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, em entrevista coletiva.

Indicou que o livro verde e o período de consulta aberto a partir de agora e que se estende até o dia 8 de janeiro ajudará a estruturar e formar o polêmico debate sobre a possível introdução dos eurobônus, um cenário que conta com a rejeição frontal da Alemanha.

Barroso pediu a 'todas as partes que participem do debate com uma mente aberta e livre de dogmas'.

'Os bônus não solucionarão nossos problemas imediatos e não podem ser um substituto às reformas necessárias em países que atualmente estão sob pressão' dos mercados, admitiu Barroso.

Sustentou, no entanto, que o importante é a eurozona demonstrar aos investidores que 'leva a sério a hora de adotar uma maior governança, tanto em matéria de disciplina quanto de convergência e a dívida comum é precisamente o exemplo disso'.

Concretamente, das três opções propostas pela Comissão Europeia, só uma contempla a substituição completa dos bônus nacionais por bônus de estabilidade nos quais os países-membros assumem de maneira conjunta os riscos e as garantias.

Esta versão exigiria uma mudança no Tratado de Lisboa. A segunda sugestão é um modelo intermédio que prevê bônus com garantias conjuntas, mas só substituiria uma porção limitada das emissões nacionais e por estes teria dois mercados de dívida: os bônus azuis (comuns) e os vermelhos (a percentagem nacional). Este esquema exigiria uma emenda ao Tratado da UE.

Por último, a terceira opção da Comissão Europeia é a substituição parcial de bônus nacionais, mas sem garantias compartilhadas por todos os países da eurozona. Este modelo proporcionaria menos lucros para a emissão comum de dívida, mas também requereria menos condições prévias para implantá-lo na eurozona, sem a necessidade de uma uma mudança no Tratado.

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Bruxelas - A Comissão Europeia abriu nesta quarta-feira o debate sobre a possível introdução de bônus de dívida comum na eurozona ao propor três opções que, adverte, só seriam factíveis se vinculados a uma maior disciplina orçamentária.

Em um livro verde, a Comissão indica que esses títulos 'poderiam ter impacto imediato nas expectativas dos mercados e reduzir o custo médio e marginal de financiamento para os estados-membros que sofrem pressões atualmente sobre sua dívida soberana'.

'Se aplicados de maneira adequada, a dívida comum poderia gerar benefícios tremendos: poderia levar a uma maior integração financeira, à criação de um mercado de dívida maior e com mais liquidez', afirmou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, em entrevista coletiva.

Indicou que o livro verde e o período de consulta aberto a partir de agora e que se estende até o dia 8 de janeiro ajudará a estruturar e formar o polêmico debate sobre a possível introdução dos eurobônus, um cenário que conta com a rejeição frontal da Alemanha.

Barroso pediu a 'todas as partes que participem do debate com uma mente aberta e livre de dogmas'.

'Os bônus não solucionarão nossos problemas imediatos e não podem ser um substituto às reformas necessárias em países que atualmente estão sob pressão' dos mercados, admitiu Barroso.

Sustentou, no entanto, que o importante é a eurozona demonstrar aos investidores que 'leva a sério a hora de adotar uma maior governança, tanto em matéria de disciplina quanto de convergência e a dívida comum é precisamente o exemplo disso'.

Concretamente, das três opções propostas pela Comissão Europeia, só uma contempla a substituição completa dos bônus nacionais por bônus de estabilidade nos quais os países-membros assumem de maneira conjunta os riscos e as garantias.

Esta versão exigiria uma mudança no Tratado de Lisboa. A segunda sugestão é um modelo intermédio que prevê bônus com garantias conjuntas, mas só substituiria uma porção limitada das emissões nacionais e por estes teria dois mercados de dívida: os bônus azuis (comuns) e os vermelhos (a percentagem nacional). Este esquema exigiria uma emenda ao Tratado da UE.

Por último, a terceira opção da Comissão Europeia é a substituição parcial de bônus nacionais, mas sem garantias compartilhadas por todos os países da eurozona. Este modelo proporcionaria menos lucros para a emissão comum de dívida, mas também requereria menos condições prévias para implantá-lo na eurozona, sem a necessidade de uma uma mudança no Tratado.

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