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Com divulgação de lista, EUA nos veem como inimigo, diz Rússia

Porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscou deve usar um tempo para analisar a lista, que descreveu como "sem precedentes"

PUTIN E TRUMP EM ENCONTRO EM AGOSTO: o russo aproveita a brecha do americano para ganhar influência no Oriente Médio / Carlos Barria/Reuters (Carlos Barria/Reuters/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 11h36.

São Paulo - O governo da Rússia declarou nesta terça-feira que a divulgação pelo governo americano de uma lista com diversos nomes de políticos e indivíduos influentes da sociedade russa, chamada de "Lista de Putin", mostra que os Estados Unidos veem todo o governo da Rússia como inimigo.

O porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscou deve usar um tempo para analisar a lista, que descreveu como "sem precedentes".

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Segundo Peskov, a Rússia ainda deve compreender como os indivíduos na lista, suas atividades e reputação no exterior podem ser afetadas.

Embora tenha dito que a Rússia não deve "ceder às emoções" antes de estudar o documento e suas implicações, Peskov chamou a atenção para o nome da lista: "Sobre conter os adversários americanos através de sanções". "De fato, todos na lista foram chamados de adversários dos EUA", disse. O próprio Peskov faz parte do documento americano.

O governo dos EUA já indicou que o documento não determina que os indivíduos citados devam sofrer sanções do Departamento do Tesouro.

No entanto, o Kremlin indicou que não viu a declaração do governo americano como uma garantia de segurança e que novas sanções podem ser impostas eventualmente.

Já o Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Dimitri Medvedev, declarou que o documento americano irá "envenenar a relação entre os dois países por um bom tempo".

A lista, divulgada pelo governo Trump, inclui 114 indivíduos considerados pelo Departamento do Tesouro como figuras políticas. Também inclui 96 pessoas consideradas "oligarcas".

Segundo o Departamento do Tesouro, cada um dos indivíduos possui uma fortuna de cerca de US 1 bilhão ou mais.

O documento havia sido exigido por uma lei aprovada pelo Congresso americano no ano passado com o objetivo de punir a Rússia pela suposta intervenção nas eleições presidenciais dos EUA de 2016.

O objetivo é expor indivíduos que fizeram fortuna ou ganharam poder através de suas relações com o presidente russo, Vladimir Putin. O documento foi informalmente chamado de "lista de Putin".

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