CNS estuda formar um 'governo de transição'
''Atualmente, estudamos a formação de um governo de transição'', declarou Sayda à imprensa no Palácio do Eliseu
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2012 às 21h23.
Paris - O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição ao governo de Damasco, estuda a formação de um ''governo de transição'' no país, declarou nesta terça-feira o presidente da aliança, Abdel Basset Sayda, depois de se reunir com o presidente da França, Fraçois Hollande, em Paris.
''Atualmente, estudamos a formação de um governo de transição'', declarou Sayda à imprensa no Palácio do Eliseu, após participar de uma reunião com Hollande por 45 minutos.
Segundo o presidente do CNS, o processo ''não pode ser feito rápido demais'', embora os opositores tentem alcançar seu objetivo ''o mais breve possível'', acrescentou.
Para o Conselho Nacional Sírio, o ''essencial'' seria que esse Executivo fosse formado ''no interior'' do país, e não no exílio, acrescentou Sayda, que liderava uma delegação de cinco membros recebida por Hollande e pelo ministro francês de Exteriores, Laurent Fabius.
Simultaneamente, em Moscou, o ministro de Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, chamou a oposição armada a depor as armas como condição indispensável para iniciar o diálogo com o regime de Bashar Al-Assad e conseguir a reconciliação nacional.
''Todo aquele que tiver uma arma em mãos deve entregá-la. Desta forma, a situação voltará a seu estado natural e poderemos resolver os problemas políticos'', disse Haidar em entrevista coletiva.
O encontro em Paris entre o presidente da França e a delegação do CNS aconteceu no dia seguinte que Hollande recebeu, no Palácio do Eliseu, o novo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, que foi felicitado pelo presidente francês por assumir o cargo.
Ao fim da reunião, e através de um comunicado, o chefe do Estado francês ressaltou que Assad deve abandonar o poder e reiterou o compromisso da França ''em favor de uma Síria livre, democrática e respeitosa com os direitos de cada uma de suas comunidades''.
Por outro lado, Washington advertiu que se a Síria utilizar armas químicas, isso teria ''enormes consequências'' e poderia suscitar uma intervenção militar americana no país, enquanto Berlim avisou das ''consequências incalculáveis'' que essas armas químicas poderiam trazer.
Enquanto se multiplicam os contatos diplomáticos no exterior, na Síria continuam os enfrentamentos armados, que deixaram milhares de mortos e promoveram o deslocamento de milhares de pessoas desde seu início.
Por sua vez, a oposição denunciou que foram encontrados cerca de 40 cadáveres de pessoas executadas de forma sumária, enquanto nesta terça foram registradas mais 16 mortos.
Entre eles, está a jornalista Mika Yamamoto, da agência ''Japan Press''. Mika foi a quarta enviada especial a morrer no país desde março de 2011.
Os combates continuam tanto em Damasco como em Alepo, centro econômico do país, onde os rebeldes tentam tomar o poder enquanto o exército bombardeia alguns de seus bairros.
''As pessoas que perderam suas casas dormem na rua e não há nem alimentos nem remédios'', disse um ativista identificado como Abu Naeem.
Paris - O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição ao governo de Damasco, estuda a formação de um ''governo de transição'' no país, declarou nesta terça-feira o presidente da aliança, Abdel Basset Sayda, depois de se reunir com o presidente da França, Fraçois Hollande, em Paris.
''Atualmente, estudamos a formação de um governo de transição'', declarou Sayda à imprensa no Palácio do Eliseu, após participar de uma reunião com Hollande por 45 minutos.
Segundo o presidente do CNS, o processo ''não pode ser feito rápido demais'', embora os opositores tentem alcançar seu objetivo ''o mais breve possível'', acrescentou.
Para o Conselho Nacional Sírio, o ''essencial'' seria que esse Executivo fosse formado ''no interior'' do país, e não no exílio, acrescentou Sayda, que liderava uma delegação de cinco membros recebida por Hollande e pelo ministro francês de Exteriores, Laurent Fabius.
Simultaneamente, em Moscou, o ministro de Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, chamou a oposição armada a depor as armas como condição indispensável para iniciar o diálogo com o regime de Bashar Al-Assad e conseguir a reconciliação nacional.
''Todo aquele que tiver uma arma em mãos deve entregá-la. Desta forma, a situação voltará a seu estado natural e poderemos resolver os problemas políticos'', disse Haidar em entrevista coletiva.
O encontro em Paris entre o presidente da França e a delegação do CNS aconteceu no dia seguinte que Hollande recebeu, no Palácio do Eliseu, o novo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, que foi felicitado pelo presidente francês por assumir o cargo.
Ao fim da reunião, e através de um comunicado, o chefe do Estado francês ressaltou que Assad deve abandonar o poder e reiterou o compromisso da França ''em favor de uma Síria livre, democrática e respeitosa com os direitos de cada uma de suas comunidades''.
Por outro lado, Washington advertiu que se a Síria utilizar armas químicas, isso teria ''enormes consequências'' e poderia suscitar uma intervenção militar americana no país, enquanto Berlim avisou das ''consequências incalculáveis'' que essas armas químicas poderiam trazer.
Enquanto se multiplicam os contatos diplomáticos no exterior, na Síria continuam os enfrentamentos armados, que deixaram milhares de mortos e promoveram o deslocamento de milhares de pessoas desde seu início.
Por sua vez, a oposição denunciou que foram encontrados cerca de 40 cadáveres de pessoas executadas de forma sumária, enquanto nesta terça foram registradas mais 16 mortos.
Entre eles, está a jornalista Mika Yamamoto, da agência ''Japan Press''. Mika foi a quarta enviada especial a morrer no país desde março de 2011.
Os combates continuam tanto em Damasco como em Alepo, centro econômico do país, onde os rebeldes tentam tomar o poder enquanto o exército bombardeia alguns de seus bairros.
''As pessoas que perderam suas casas dormem na rua e não há nem alimentos nem remédios'', disse um ativista identificado como Abu Naeem.