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Civis morrem por fogo de separatistas, afirma Ucrânia

Dezenas de civis, entre eles muitas crianças, morreram por fogo de artilharia dos separatistas pró-Rússia, disse porta-voz ucraniano

Separatistas pró-Rússia: refugiados foram atacados na saída de Lugansk (Shamil Zhumatov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 14h01.

Kiev - Dezenas de civis, entre eles muitas crianças , morreram nesta segunda-feira por fogo de artilharia dos separatistas pró-Rússia quando tratavam de escapar da cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia , denunciou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia (CSND), Andrei Lisenko.

"São dezenas (os mortos). A coluna (de refugiados) foi aniquilada praticamente em sua totalidade. Aparentemente, os guerrilheiros esperavam essa coluna e desta maneira puderam atacar com tudo", disse Lisenko, que ressaltou que entre os falecidos "há muitas mulheres e crianças".

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O porta-voz do CSND assegurou que os refugiados foram atacados na saída de Lugansk, em uma estrada que une esta cidade com um lance da fronteira russo-ucraniana em mãos dos separatistas, segundo o jornal digital "Ukrainskaya Pravda".

Os adultos e as crianças iam, segundo Lisenko, separadamente em vários caminhões do exército que levavam bandeiras brancas e distintivos para indicar que transportavam civis.

O porta-voz dos rebeldes, Konstantin Knirik, rejeitou taxativamente as acusações de Kiev e as chamou de "grosseira propaganda".

"Certamente ninguém disparou contra os refugiados. (...) Não há nenhuma prova documentada. As acusações não se sustentam com nada", assegurou Knirik.

Lugansk, sitiada há semanas pelas forças governamentais e palco de sangrentos combates entre os dois bandos, "está à beira da sobrevivência", adverte em comunicado a Assembleia municipal dessa cidade, onde seguem cerca de 250 mil de seus 430 mil habitantes.

"A cidade se encontra em situação crítica há 16 dias. Não há provisão elétrica e nem água, também não funcionam os telefones fixos e nem os celulares", apontaram as autoridades municipais.

Os cidadãos fazem grandes filas para comprar produtos e alimentos de primeira necessidade nos poucos mercados e lojas que seguem abertos.

"Em geral, a situação do abastecimento de alimentos, remédios e combustíveis não mudou, não chegam à cidade. Também não são pagos salários e nem pensões", segundo o comunicado.

Os combates rua a rua continuam na parte oriental da cidade, onde há cada vez mais edifícios totalmente ou parcialmente destruídos.

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