Ato em Dresden: o número de participantes caiu pela primeira vez desde o início das manifestações, em 20 de outubro (Fabrizio Bensch/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 15h18.
Dezessete mil manifestantes contrários ao islã reuniram-se na tarde deste domingo em Dresden, leste da Alemanha, na primeira concentração do movimento Pegida desde que ameaças de atentado levaram à renúncia de seu líder.
As cifras, divulgadas por um porta-voz da polícia, assinalam que o número de participantes caiu pela primeira vez desde o início das manifestações, em 20 de outubro.
Nascido em Dresden, o movimento foi crescendo a cada segunda-feira na cidade conservadora e burguesa da antiga RDA, até reunir 25 mil manifestantes no último dia 12.
"Não fazem nada, só se instalam e vendem drogas!", "Por um país soberano!", "Gente honrada, rebele-se de uma vez!", diziam cartazes exibidos pelos manifestantes na 13ª reunião dos Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida, sigla em alemão).
O movimento, que se estendeu à maioria das cidades alemãs e causou polêmica, não pôde sair às ruas na última segunda-feira, por conta das ameaças de atentado recebidas por seu líder, Lutz Bachmann.
Dois dias depois, ele anunciou sua demissão, depois que a imprensa publicou uma foto sua em que imitava Adolf Hitler, e após a divulgação de insultos seus em relação aos refugiados. Kathrin Oertel, 37, assumiu a liderança do movimento.
O encontro semanal foi antecipado para hoje por causa das contramanifestações programadas para esta segunda-feira na Alemanha.