Visakhapatnam após ciclone: levantamentos registraram milhares de casas e plantações danificadas (R Narendra/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 15h25.
Visakhapatnam - O número de mortos na passagem de um poderoso tufão que castigou o litoral leste da Índia subiu para 24 nesta segunda-feira, enquanto a tempestade enfraqueceu e seguiu para o interior do país deixando um rastro de destruição e temores de enchentes repentinas causadas pelas forte chuvas.
Com ventos de até 195 km/h, o ciclone Hudhud atingiu a costa dos estados de Andhra Pradesh e Odisha no domingo, forçando milhares de morares litorâneos a se refugiarem em abrigos para tempestades.
Na cidade portuária de Visakhapatnam, com 2 milhões de habitantes, trabalhadores do governo começaram a remover árvores arrancadas do chão que bloqueavam estradas, restaurar o fornecimento de energia, restabelecer linhas de comunicação e a remover destroços como outdoors e telhados de ferro que foram arrastados pelas fortes rajadas.
"Não sei quantos dias serão necessários para restabelecer meu negócio. Perdi tudo", disse Heusikeswa Rao, um comerciante de Visakhapatham, enquanto tentava juntar os pedaços de madeira e metal que antes formavam seu quiosque.
Autoridades de Andhra Pradesh, onde foram registradas 21 mortes, disseram que levantamentos iniciais registraram milhares de casas danificadas e uma ampla destruição em plantações de banana, cana-de-açúcar e arroz nos distritos de Visakhaptnam, Srikakulam, Godavari do Leste e Vijaynagaram.
Dezenas de milhares de pessoas continuavam em abrigos para ciclones pela terceira noite seguida por causa de danos causados às suas casas e pela falta de comida ou água potável em suas vilas, disseram autoridades.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que iria visitar a área na terça-feira.
"Tenho recebido atualizações constantes sobre o ciclone Hudhud... Visitarei Visakhapatnam amanhã e tomarei prumo da situação", tuitou o premiê.
De acordo com a agência meteorológica da Índia, o Hudhud perdeu força, mas deve provocar fortes chuvas no norte e nordeste da Índia e, eventualmente, nevascas quando atingir as montanhas do Himalaia.
Trabalhadores de ajuda humanitária alertaram que as chuvas tem a probabilidade de inundar grandes áreas rurais.