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China prepara concessões na área têxtil

Para The Wall Street Journal, decisão é sinal de que o governo chinês conformou-se com acesso restrito aos mercados internacionais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A China vai anunciar em breve um novo sistema de cotas de exportação de produtos têxteis. Segundo reportagem desta quarta-feira (15/6) do jornal americano The Wall Street Journal, a decisão é um sinal de que o governo chinês conformou-se, depois de meses de resistência, com o prolongamento das restrições de entrada nos mercados internacionais.

O novo sistema, auto-imposto, é decorrência de um acordo selado entre a China e a União Européia (UE), que limita o crescimento das vendas de determinados produtos têxteis chineses para o mercado europeu. Segundo a reportagem, a metodologia de fixação de cotas poderá ser adaptada para exportações dirigidas aos Estados Unidos.

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A avalanche de roupas feitas na China que se seguiu aofim das cotas internacionais em 31 de dezembrocausou reação imediata dos países destinatários, inclusive o Brasil, que ameaçam com medidas protecionistas (leia reportagem de capa de EXAMEsobre o desafio imposto pela China aos empresários brasileiros).

Como parte das condições para associar-se à Organização Mundial do Comércio, a China concordou em limitar o crescimento de suas exportações têxteis a 7,5% por ano até o final de 2007, caso seja comprovado que a entrada de seus produtos gera distorções nas economias locais. Diversos países já recorreram a essa cláusula, alegando intensa perda de postos de trabalho nos primeiros meses deste ano por causa da invasão dos têxteis chineses.

Mas muitos analistas, diz a reportagem, afirmam que a vigência temporária de novos limites apenas adia o domínio chinês no mercado global de vestuário. A China já produz 17% das roupas consumidas em todo o mundo, mesmo com a contenção de comércio imposta pelo antigo acordo têxtil. Segundo a consultoria A.T. Kearney, o preço de varejo de vestuário pode cair 8% a 18% nos próximos dois anos, com a crescente opção por fornecedores chineses.

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