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China pede políticas 'concretas e responsáveis' sobre a dívida

A primeira reação da China à crise das dívidas coincide com o movimento de pânico dos mercados mundiais

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao: "a comunidade internacional deve reforçar a comunicação e a coordenação das políticas macroeconômicas" (Sergei Chirikov/AFP)

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao: "a comunidade internacional deve reforçar a comunicação e a coordenação das políticas macroeconômicas" (Sergei Chirikov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 11h06.

Pequim - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pediu nesta terça-feira aos países afetados pela crise da dívida que adotem "políticas monetárias e fiscais concretas e responsáveis" para recuperar a confiança dos investidores.

Esta primeira reação de uma autoridade chinesa à crise das dívidas soberanas coincide com o movimento de pânico que sacode os mercados ao redor do mundo, temerosos de uma nova recessão nos Estados Unidos, cuja nota da dívida foi rebaixada na sexta-feira passada pela agência Standard & Poor's, e de um contágio da crise na Eurozona.

"A comunidade internacional deve reforçar a comunicação e a coordenação das políticas macroeconômicas", declarou em uma reunião do governo, segundo um comunicado oficial.

"Os países afetados devem adotar políticas monetárias e fiscais concretas e responsáveis para reduzir seu déficit e resolver o problema da dívida, com o objetivo de permitir um funcionamento estável e seguro do mercado de investimentos e manter a confiança dos investidores no mundo", completou.

O chefe de Governo afirmou ainda que apoia o comunicado divulgado na segunda-feira pelos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, que se declararam dispostos a atuar de maneira coordenada para estabilizar os mercados financeiros e proteger o crescimento.

A China, o maior proprietário de títulos da dívida americana, destacou nos últimos dias que Washington deve deixar de viver acima de suas possibilidades e advertiu que o Banco Central chinês seguirá diversificando seus investimentos em divisas estrangeiras ante as ameaças que pesam sobre o dólar.

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