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China condena intelectual à prisão perpétua por separatismo

Corte china condenou um dos mais proeminentes defensores dos direito do povo muçulmano uigur no país

Ilham Tohti: professor foi julgado sob acusações de separatismo na região ocidental de Xinjiang (CCTV)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h25.

Pequim - Uma corte chinesa condenou nesta terça-feira à prisão perpétua um dos mais proeminentes defensores dos direito do povo muçulmano uigur no país, em uma sentença que, segundo defensores de direitos humanos, deu um claro sinal de que o governo está determinado a reprimir dissidências.

O professor de economia Ilham Tohti, de 44 anos, foi julgado por dois dias na semana passada sob acusações de separatismo na região ocidental de Xinjiang.

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Seu caso provocou protestos no Ocidente e entre grupos internacionais de direitos humanos. “Eu sou inocente, eu protesto”, gritou Tohti para a corte antes de o juiz ordenar que policiais o levassem de lá, segundo o advogado dele, Li Fangping.

A mulher de Tohti, Guzaili Nu’er, que o viu pela primeira em oito meses durante o julgamento da semana passada, berrou no tribunal quando o veredicto foi anunciado, segundo Li. Tohti, que é uigur, é o mais recente intelectual moderado a ser condenado pelo governo do presidente chinês, Xi Jinping.

A corta também ordenou o confisco de todos os seus bens.

“Isso é totalmente inaceitável”, disse Li. “Ele vai apelar. Baseado no texto do veredicto, este caso é extremamente politizado."

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