Chefe da diplomacia norte-coreana visita Irã em 1º dia de sanções dos EUA
Os representantes da Coreia do Norte e do Irã falaram sobre expandir suas relações bilaterais
EFE
Publicado em 7 de agosto de 2018 às 12h31.
Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 12h33.
Teerã - O chefe da diplomacia da Coreia do Norte , Ri Yong-ho, viajou nesta terça-feira ao Irã para se reunir com suas autoridades, o mesmo dia em que entraram em vigor as sanções reimpostas pelos Estados Unidos contra Teerã.
Ri se reuniu na capital Teerã com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif.
Segundo um comunicado do ministério iraniano, os dois chanceleres expressaram "satisfação com o nível das relações bilaterais" e também apostaram por "uma maior expansão" dos laços entre os dois países.
Os dois ministros também trataram "dos mais importantes eventos internacionais e assuntos de interesse mútuo", acrescentou o ministério na nota, que não ofereceu mais detalhes do encontro.
Não estão previstas declarações à imprensa de Ri, que amanhã se reunirá com o presidente iraniano, Hassan Rohani.
A visita oficial do funcionário norte-coreano coincide hoje com a reimposição por parte dos Estados Unidos de sanções econômicas contra o Irã, uma medida adotada depois que o presidente americano, Donald Trump, retirou seu país do acordo nuclear multilateral de 2015 com Teerã.
O descumprimento pelos EUA de seus compromissos internacionais levou o governo iraniano a advertir Pyongyang em várias ocasiões na hora de negociar com Trump.
"Não sabemos com que tipo de pessoa está negociando o líder norte-coreano. Não está claro que ele (Trump) não vai cancelar o acordo antes de retornar para casa", disse o governo iraniano após a histórica cúpula de junho entre o presidente americano e o líder norte-coreano Kim Jong-un.
Embora a cúpula tenha aberto um novo capítulo nas relações entre EUA e Coreia do Norte, cheia de gestos amistosos e declarações otimistas, as expectativas esfriaram.
A Casa Branca garantiu há três dias que "manterá a pressão" tanto diplomática como econômica sobre a Coreia do Norte depois que veio à tona um relatório confidencial das Nações Unidas que assegura que Pyongyang continua desenvolvendo programas de armas nucleares e de mísseis.