Cerca de 99% dos crimes cometidos no México ficam impunes
Apenas oito em cada 100 crimes cometidos no país são denunciados, segundo Comissão de Direitos Humanos
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2012 às 12h42.
México - Apenas oito em cada 100 crimes cometidos no México são denunciados e 99% deles ficam impunes, afirmou a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) em um relatório publicado nesta quarta-feira em seu site.
A CNDH informou que seu presidente, Raúl Plascencia, participou em uma reunião com os integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado, perante os quais denunciou que o crime organizado que atinge o México se soma à pouca eficiência das forças policiais na aplicação da justiça.
"Apenas oito em cada 100 crimes cometidos são denunciados (...) e apenas um por cento dos crimes registrados é perseguido" pelas procuradorias e chega à sentença condenatória, afirma a Comissão no texto.
De 2005 até a data, acrescentou, o organismo público autônomo recebeu 34.385 queixas contra servidores da segurança pública federal.
Plascencia também afirmou que nos últimos anos aumentaram a tortura e os tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, as prisões arbitrárias, as buscas e invasões ilegais, o desaparecimento forçado e os assassinatos.
Atualmente, a Comissão investiga 2.126 casos de desaparecimento forçado, contabiliza 46.015 pessoas executadas nos últimos seis anos, assim como 15.921 cadáveres não identificados e 1.421 cadáveres sepultados em fossas clandestinas.
Se em 2005 foi registrada apenas uma queixa por tortura, em 2011 o número de tratamentos cruéis, desumanos e degradantes chegou a 2.040.
Plascencia também falou da crise do Sistema Penitenciário Nacional, que conta com uma população de 239.760 réus e 418 centros de detenção, incluindo os federais e estatais.
"O Estado desembolsa enormes recursos para o combate ao crime e para a prisão de criminosos, mas praticamente abandona o interno uma vez que ele se encontre na prisão", afirmou.
As denúncias da CNDH ocorrem a nove dias da posse do presidente eleito Enrique Peña Nieto, que enviou ao Congresso uma iniciativa para suprimir a Secretaria de Segurança Pública, cujas funções se somariam às da Secretaria de Governo.
México - Apenas oito em cada 100 crimes cometidos no México são denunciados e 99% deles ficam impunes, afirmou a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) em um relatório publicado nesta quarta-feira em seu site.
A CNDH informou que seu presidente, Raúl Plascencia, participou em uma reunião com os integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado, perante os quais denunciou que o crime organizado que atinge o México se soma à pouca eficiência das forças policiais na aplicação da justiça.
"Apenas oito em cada 100 crimes cometidos são denunciados (...) e apenas um por cento dos crimes registrados é perseguido" pelas procuradorias e chega à sentença condenatória, afirma a Comissão no texto.
De 2005 até a data, acrescentou, o organismo público autônomo recebeu 34.385 queixas contra servidores da segurança pública federal.
Plascencia também afirmou que nos últimos anos aumentaram a tortura e os tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, as prisões arbitrárias, as buscas e invasões ilegais, o desaparecimento forçado e os assassinatos.
Atualmente, a Comissão investiga 2.126 casos de desaparecimento forçado, contabiliza 46.015 pessoas executadas nos últimos seis anos, assim como 15.921 cadáveres não identificados e 1.421 cadáveres sepultados em fossas clandestinas.
Se em 2005 foi registrada apenas uma queixa por tortura, em 2011 o número de tratamentos cruéis, desumanos e degradantes chegou a 2.040.
Plascencia também falou da crise do Sistema Penitenciário Nacional, que conta com uma população de 239.760 réus e 418 centros de detenção, incluindo os federais e estatais.
"O Estado desembolsa enormes recursos para o combate ao crime e para a prisão de criminosos, mas praticamente abandona o interno uma vez que ele se encontre na prisão", afirmou.
As denúncias da CNDH ocorrem a nove dias da posse do presidente eleito Enrique Peña Nieto, que enviou ao Congresso uma iniciativa para suprimir a Secretaria de Segurança Pública, cujas funções se somariam às da Secretaria de Governo.