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Califórnia autoriza 200 mil a voltar para perto de barragem

As cerca de 200 mil pessoas afetadas poderão voltar para casa

Califórnia: polícia rebaixou a "ordem de evacuação" para "advertência de evacuação" (Elijah Nouvelage/Getty Images)
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AFP

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 09h42.

Autoridades suspenderam nesta terça-feira a ordem de evacuação sob risco por danos em uma represa no norte da Califórnia , e as cerca de 200 mil pessoas afetadas poderão voltar para casa.

O departamento do xerife do condado de Butte anunciou ter rebaixado a "ordem de evacuação" a "advertência de evacuação" pelo incidente da represa de Oroville.

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"Esta redução permite às pessoas voltar às suas casas, retomar seus negócios, mas têm que estar vigilantes", disse o xerife Kory Honea em coletiva de imprensa.

Quando a ordem de retirada foi anunciada no domingo, as autoridades alertaram os moradores que a área próxima da represa poderia entrar em colapso em uma hora.

Agora a situação é considerada estável, mas o estado permanece em emergência.

O presidente Donald Trump "autorizou a Agência Federal para a Administração de Emergências (FEMA) e o Departamento de Segurança Interna a coordenar todos os esforços de assistência a desastres que buscam aliviar a adversidade e o sofrimento causado pela emergência" na Califórnia, afirma um comunicado divulgado pela Casa Branca.

Moradora da região, Patricia teve menos de uma hora para recolher alguns pertences e deixar a sua casa, localizada na zona evacuada do norte da Califórnia onde há risco de inundações devido a danos em uma represa.

Assim como ela, cerca de 200.000 pessoas foram parar em abrigos improvisados em escolas, ginásios e bases militares, enquanto as autoridades tentam reduzir o nível do reservatório da represa de Oroville através de vertedouros comprometidos.

O risco não é pela represa em si, mas pelo transbordamento do reservatório de emergência que canaliza o excesso de água.

Um enorme buraco se abriu no reservatório principal da represa na semana passada, o que obrigou as autoridades a ativarem pela primeira vez o reservatório de emergência no sábado.

Mas o mesmo começou a sofrer um desgaste, ameaçando romper e desviar a água para as cidades do vale.

"Só tivemos uma hora ou menos de aviso, pegamos qualquer coisa e saímos de casa. Sei que vão resolver a situação, mas não sei quanto tempo vão precisar", disse Patricia à AFP.

Na segunda-feira, as autoridades afirmaram que o nível da represa, que havia aumentado após várias semanas de fortes chuvas, tinha diminuído, e que os riscos haviam reduzido.

No entanto, estima-se um período de pelo menos duas semanas para que a situação seja normalizada, e espera-se um novo ciclo de tempestades a partir de quinta-feira.

Na terça-feira, as autoridades continuavam drenando cerca de 3.000 metros cúbicos de água por segundo através do reservatório principal.

As áreas desgastadas do reservatório de emergência estão sendo cobertas com pedras, antes das chuvas previstas para quarta e quinta-feira, que podem voltar a encher a represa.

Patricia está refugiada em um centro de eventos do condado Placer, que tem capacidade para 500 pessoas.

Voluntários recebiam doações enquanto os afetados eram alojados em um espaço aberto com colchões infláveis, segundo um jornalista da AFP no local.

"Oferecemos mantas e travesseiros, mas também comida, e há banheiros atrás. Muitas dessas pessoas têm baixos recursos e não podem pagar um hotel", explicou o oficial de polícia Merv Screeton.

O governador da Califórnia, Jerry Brown, pediu na segunda-feira ao presidente Donald Trump que "emita uma Declaração de Emergência para Assistência Federal Direta" aos condados afetados.

"O incidente é de tal severidade e magnitude que uma capacidade de resposta efetiva e contínua escapa das capacidades do estado e dos governos locais afetados", acrescentou.

"Estamos fazendo tudo o que podemos para consertar a represa e que [os evacuados] possam voltar às suas vidas de forma segura e sem medo", indicou Brown em uma coletiva de imprensa.

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