Buscas do avião da AirAsia são suspensas por mau tempo
Centenas de socorristas, militares e policiais estão à espera da retomada das buscas, três dias após o desaparecimento do Airbus A320-200
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 09h18.
Pangkalan Bun - O mau tempo impedia nesta quarta-feira a retomada das operações de busca na Indonésia dos corpos dos ocupantes do avião da AirAsia que caiu no domingo no mar de Java com 162 pessoas a bordo.
"Enfrentamos o mau tempo. As chuvas e os ventos nos impedem de retomar nesta manhã as operações de busca", suspensas durante a noite, declarou à AFP o coordenador da operação de socorro da Força Aérea, S.B. Sypriyadi.
Centenas de socorristas, militares e policiais estão à espera da retomada das buscas, três dias após o desaparecimento do Airbus A320-200, com 155 passageiros e sete tripulantes a bordo.
Entre eles havia 155 indonésios, três sul-coreanos, um co-piloto francês, um malaio e um cingapuriano.
Até agora, seis corpos foram encontrados, entre eles o de uma mulher vestida com o uniforme da companhia aérea malaia, indicou o diretor da Agência Nacional de Busca e Resgate, Bambang Soelistyo.
Em Surabaya, segunda maior cidade indonésia e de onde o avião decolou com destino a Cingapura, os parentes das vítimas se reuniram em um centro de crise e entregaram às autoridades documentos de identidade e informações médicas para os trabalhos de identificação.
Um deles, Hadi Widjaja, que prepara uma cerimônia muçulmana para se despedir de seu filho Andreas e de sua nora Enny, espera com ansiedade saber se os socorristas encontraram os corpos. "Mas, se não conseguirem, jogarei flores no mar para me despedir deles", declara este homem de 60 anos.
A polícia de Surabaya indicou ter extraído o DNA de 30 parentes das vítimas para a identificação dos corpos em um hospital da cidade.
Os destroços do avião da AirAsia e os seis corpos foram encontrados na terça-feira no mar de Java, a sudoeste da parte indonésia da ilha de Bornéu.
A investigação prossegue para estabelecer as causas do acidente.
Caixas-pretas cruciais
"Nosso objetivo é examinar as caixas-pretas que devem estar nas partes do avião que localizamos", declarou Soelistyo em uma coletiva de imprensa.
Em sua última comunicação, o piloto da AirAsia pediu aos controladores de tráfego aéreo para modificar seu plano de voo devido ao mau tempo, o que foi aceito. Mas depois pediu para ganhar altitude para evitar uma tempestade, o que foi negado devido ao forte tráfego.
Quando os controladores tentaram contactá-lo para acatar seu pedido não obtiveram resposta, segundo as autoridades indonésias.
"As condições meteorológicas eram muito particulares, vamos esperar o fim da investigação", declarou na terça-feira o presidente da AirAsia, Tony Fernandes.
O ano de 2014 foi trágico para a aviação civil da Malásia. O acidente da AirAsia soma-se à perda de duas aeronaves da companhia nacional Malaysia Airlines.
No dia 8 de março, o voo MH370 da Malaysia Airlines, um Boeing, desapareceu dos radares pouco depois de decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim com 239 pessoas a bordo.
O avião não foi encontrado e seu desaparecimento continua sendo um mistério. Pode ter caído no oceano Índico por falta de combustível.
No dia 17 de julho, outro Boeing da Malaysia Airlines, do voo MH17, que voava de Amsterdã a Kuala Lumpur, foi derrubado em pleno voo por um míssil quando sobrevoava o leste da Ucrânia, palco de uma guerra.
A aeronave transportava 298 pessoas, entre elas 193 holandeses.
Pangkalan Bun - O mau tempo impedia nesta quarta-feira a retomada das operações de busca na Indonésia dos corpos dos ocupantes do avião da AirAsia que caiu no domingo no mar de Java com 162 pessoas a bordo.
"Enfrentamos o mau tempo. As chuvas e os ventos nos impedem de retomar nesta manhã as operações de busca", suspensas durante a noite, declarou à AFP o coordenador da operação de socorro da Força Aérea, S.B. Sypriyadi.
Centenas de socorristas, militares e policiais estão à espera da retomada das buscas, três dias após o desaparecimento do Airbus A320-200, com 155 passageiros e sete tripulantes a bordo.
Entre eles havia 155 indonésios, três sul-coreanos, um co-piloto francês, um malaio e um cingapuriano.
Até agora, seis corpos foram encontrados, entre eles o de uma mulher vestida com o uniforme da companhia aérea malaia, indicou o diretor da Agência Nacional de Busca e Resgate, Bambang Soelistyo.
Em Surabaya, segunda maior cidade indonésia e de onde o avião decolou com destino a Cingapura, os parentes das vítimas se reuniram em um centro de crise e entregaram às autoridades documentos de identidade e informações médicas para os trabalhos de identificação.
Um deles, Hadi Widjaja, que prepara uma cerimônia muçulmana para se despedir de seu filho Andreas e de sua nora Enny, espera com ansiedade saber se os socorristas encontraram os corpos. "Mas, se não conseguirem, jogarei flores no mar para me despedir deles", declara este homem de 60 anos.
A polícia de Surabaya indicou ter extraído o DNA de 30 parentes das vítimas para a identificação dos corpos em um hospital da cidade.
Os destroços do avião da AirAsia e os seis corpos foram encontrados na terça-feira no mar de Java, a sudoeste da parte indonésia da ilha de Bornéu.
A investigação prossegue para estabelecer as causas do acidente.
Caixas-pretas cruciais
"Nosso objetivo é examinar as caixas-pretas que devem estar nas partes do avião que localizamos", declarou Soelistyo em uma coletiva de imprensa.
Em sua última comunicação, o piloto da AirAsia pediu aos controladores de tráfego aéreo para modificar seu plano de voo devido ao mau tempo, o que foi aceito. Mas depois pediu para ganhar altitude para evitar uma tempestade, o que foi negado devido ao forte tráfego.
Quando os controladores tentaram contactá-lo para acatar seu pedido não obtiveram resposta, segundo as autoridades indonésias.
"As condições meteorológicas eram muito particulares, vamos esperar o fim da investigação", declarou na terça-feira o presidente da AirAsia, Tony Fernandes.
O ano de 2014 foi trágico para a aviação civil da Malásia. O acidente da AirAsia soma-se à perda de duas aeronaves da companhia nacional Malaysia Airlines.
No dia 8 de março, o voo MH370 da Malaysia Airlines, um Boeing, desapareceu dos radares pouco depois de decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim com 239 pessoas a bordo.
O avião não foi encontrado e seu desaparecimento continua sendo um mistério. Pode ter caído no oceano Índico por falta de combustível.
No dia 17 de julho, outro Boeing da Malaysia Airlines, do voo MH17, que voava de Amsterdã a Kuala Lumpur, foi derrubado em pleno voo por um míssil quando sobrevoava o leste da Ucrânia, palco de uma guerra.
A aeronave transportava 298 pessoas, entre elas 193 holandeses.