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Brexit fortalece apoio à independência da Escócia, diz pesquisa

Sondagem revelou que 49 por cento dos escoceses apoiam a independência agora, um aumento de três pontos percentuais em relação a uma pesquisa anterior

Parlamento regional da Escócia rejeitou os planos de May para a desfiliação do Reino Unido da União Europeia (Getty Images)
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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 09h51.

Edimburgo - O apoio à independência da Escócia cresceu no mês passado depois que a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, se mostrou favorável a uma separação britânica total da União Europeia, mostrou uma pesquisa da empresa BMG para o jornal Herald Scotland divulgada nesta quarta-feira.

A sondagem revelou que 49 por cento dos escoceses apoiam a independência agora --um aumento de três pontos percentuais em relação a uma pesquisa anterior-- e que 51 por cento a rejeitam, contabilizando apenas os votos válidos.

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Mas uma maioria --56 a 44 por cento-- ainda se opõe à realização de um novo referendo sobre a independência antes de o Reino Unido sair da UE.

Em 2014, aproximadamente 55 por cento dos escoceses escolheram continuar no Reino Unido, mas o referendo do ano passado que decidiu a separação britânica da UE mudou esse cenário.

O Parlamento regional da Escócia rejeitou os planos de May para a desfiliação do Reino Unido do bloco em uma votação simbólica e sem consequências práticas na terça-feira, em uma demonstração das divisões entre Londres e Edimburgo no tocante ao chamado Brexit.

A maioria dos escoceses votou pela permanência na UE, e o Partido Nacional Escocês, o maior do Parlamento, disse que deveria haver outro referendo de independência se a sua visão do Brexit for rejeitada.

O parlamentar Ross Greer, do Partido Verde Escocês, que apoia o governo nacionalista no tema da secessão, disse à Reuters na segunda-feira que seu país quase certamente está a caminho de uma nova consulta sobre a independência depois que o Reino Unido desencadear o processo formal de desfiliação da UE.

Segundo uma reportagem do jornal Courier, May acredita que a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, irá convocar o referendo em duas semanas.

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