Brasil assina acordo com Chile para ampliar combate à desinformação e fake news
G20 tambem terá lançamento de iniciativa global sobre o tema, em parceria com a ONU


Repórter de macroeconomia
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 10h37.
Última atualização em 19 de novembro de 2024 às 10h37.
Rio de Janeiro - Os governos do Brasil e do Chile anunciaram nesta terça, 19, um acordo para ampliar o combate à desinformação envolvendo temas como mudanças climáticas e ameaças à democracia.
A iniciativa foi anunciada durante a reunião do G20, no Rio de Janeiro. O documento foi firmado pelo ministro Paulo Pimenta, da Secom, e Camila Vallejo, ministra da secretaria-geral de governo do Chile.
O documento, um memorando de entendimento, prevê "ações conjuntas para promover a integridade da informação, combater o fenômeno da desinformação e contribuir para reduzir a desigualdade digital nos dois países".
Entre os objetivos, está promover o intercâmbio de conhecimentos sobre políticas públicas e regulação, para promover a integridade da informação e defender a democracia.
Além disso, o texto fala em propor "abordagens equitativas e inclusivas para aproveitar os benefícios da inteligência artificial na promoção da integridade da informação e na mitigação de riscos, respeitando os direitos humanos".
"Esta é a primeira parceria que estamos lançando na América do Sul. Poderemos juntos lançar outras iniciativas com outros países, para pensar na relação com as plataformas, a questão da regulação. São coisas com muitas nuances, envolvendo a liberdade de expressão, mas ao mesmo tempo envolvem a proteção dos direitos individuais, o combate ao discurso de ódio, ao racismo, a homofobia e proteger a sociedade", disse Pimenta.
Ainda nesta terça, será lançada uma Iniciativa Global para Integridade de Informações sobre Mudança do Clima, pelo Brasil, ONU e Unesco. Outros paises, como Chile, Dinamarca,
-rança, Marrocos, Reino Unido e Suecia integram a ação.
Cúpula do G20 no Rio de Janeiro

2 /10(Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e 1ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: Combate à Fome e à Pobreza)

3 /10Handout picture released by the Brazilian Presidency showing Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva greeting France's President Emmanuel Macron before the launch of the Global Alliance against Hunger and Poverty and the first session of the G20 Leaders' Meeting in Rio de Janeiro, Brazil, on November 18, 2024. (Photo by Ricardo STUCKERT / BRAZILIAN PRESIDENCY / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT 'AFP PHOTO / BRAZILIAN PRESIDENCY -Ricardo STUCKERT' - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS(Luiz Inácio Lula da Silva, cumprimentando o presidente da França, Emmanuel Macron, antes do lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e da primeira sessão da Reunião de Líderes do G20 no Rio de Janeiro)

4 /10O presidente dos EUA, Joe Biden (D), fala com o presidente francês, Emmanuel Macron, durante o primeiro dia da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Brasil, em 18 de novembro de 2024(O presidente dos EUA, Joe Biden (D), fala com o presidente francês, Emmanuel Macron, durante o primeiro dia da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Brasil, em 18 de novembro de 2024)
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Reta final do G20 no Brasil
A reunião de cúpula do G20 termina nesta terça, 19, quando haverá a terceira e última sessão, sobre mudanças climáticas e transição energética, na parte da manha. Depois disso, havera a transferência simbólica da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul.
Durante o dia, o presidente Lula terá reuniões bilaterais, com os líderes da Índia, Japão e Reino Unido. Ele terá ainda um almoço com o presidente dos EUA, Joe Biden. Lula retorna para Brasilia no fim da tarde.
O G20 une 19 países dos cinco continentes (Africa do Sul, Alemanha, Arabia Saudita, Argentina, Australia, Brasil, Canada, China, Coreia do sul, Estados Unidos, França, india, Indonesia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) - integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.