Alepo, na Síria: a força aérea nacional, a força aérea russa e a coalizão internacional liderada pelos EUA realizam bombardeios no território sírio (Reuters / Abdalrhman Ismail)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 12h43.
Beirute - Pelo menos 42 pessoas morreram nesta terça-feira em bombardeios, alguns deles efetuados por aviões da Rússia, nas províncias sírias de Aleppo e Idlib, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG precisou que pelo menos 14 civis, entre eles três irmãos menores de cinco anos, perderam a vida em um ataque de aviões de guerra, cuja nacionalidade não foi informada, no povoado de Manbech, em Aleppo.
Manbech é uma das principais fortificações do grupo terrorista Estado Islâmico na província.
Nas proximidades dessa cidade, pelo menos outro civil morreu no bombardeio possivelmente efetuado por aviões russos contra a cidade de Muqabala.
Além disso, outras seis pessoas faleceram em um ataque aéreo, cuja autoria é desconhecida, na cidade de Mar Sita, no norte de Aleppo.
Em Idlib, a força aérea da Rússia teve como alvo a cidade de Maarat al Nuaman, onde pelo menos 13 pessoas morreram, entre elas um ativista e dois membros da Defesa Civil, acrescentou a ONG.
A aviação russa também atacou Sarmada, na fronteira entre Idlib e Turquia, onde pelo menos oito pessoas faleceram.
O Observatório não descartou que o número de vítimas possa aumentar porque há feridos em estado grave.
Atualmente, a força aérea nacional, a força aérea russa e a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizam bombardeios no território sírio.
O exército sírio e seu aliado, a Rússia, afirmam que seu alvo são as posições do Estado Islâmico e de outras organizações terroristas, embora ativistas e opositores denunciem que também têm como alvo áreas residenciais e bases de grupos rebeldes que lutam contra o regime.
A coalizão internacional costuma atacar posições do Estado Islâmico no norte da Síria, e em algumas ocasiões bombardeou quartéis de outras organizações, como a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda neste país, e a facção radical Exército Ansar Al-Sunna.