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Bombardeio de escola viola lei internacional, diz ONU

Secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Humanitários classificou de "grave violação da lei internacional" o bombardeio de escola da ONU em Gaza

Bombardeio israelense em Gaza: centro atingido acolhia mais de 3.200 palestinos (Jack Guez/AFP)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 11h04.

Genebra -A secretária-geral adjunta das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, classificou nesta quarta-feira como "grave violação da lei internacional" o bombardeio de uma escola da ONU em Gaza .

O centro atingido acolhia mais de 3.200 palestinos em uma das escolas que as Nações Unidas mantêm no campo de refugiados de Yabalia. O ataque deixou pelo menos 15 pessoas mortas.

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"Estou assustada com a intensidade e a violência em Gaza após uma breve trégua humanitária. Hoje outra escola da ONU que servia como refúgio foi atacada em uma grave violação à lei internacional. Mais crianças e civis assassinados e feridos", afirmou Amos, citada em comunicado.

A alta funcionária lembrou que ontem a sede central do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) em Gaza foi atacada cinco vezes durante um período de 60 minutos, e lembrou que a única central elétrica da Faixa foi destruída.

"A usina elétrica não estará operando no futuro próximo, o que deixará a maioria das casas com uma média de duas horas de eletricidade por dia".

Amos lembrou que os civis de Gaza precisam de água, comida, assistência médica e refúgio e as organizações humanitárias estão fazendo o que podem para ajudá-los.

Já há mais de 250 mil pessoas deslocadas internas, - mais de 10% da população da faixa - a maioria refugiada em centros da ONU, afirmou Amos, e os números não param de crescer dado que a ofensiva militar israelense se intensifica.

"Dado que a situação humanitária se degrada, as necessidades crescerão".

"As horrendas fotos que se vê a cada dia recordam a todos a terrível experiência que estão sofrendo as crianças e famílias em Gaza", disse Amos, que se mostrou "alarmada" pelos níveis de violência contra a população.

Diante dessa situação, a secretária-geral adjunta solicitou que os países "com influência sobre a partes" continuem trabalhando por um cessar-fogo durável.

Em três semanas, a ofensiva militar israelense matou 1.240 palestinos e feriu 6.700.

*Atualizada às 11h03 do dia 30/07/2014

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